O fio de sutura de ácido poliglicólico (PGA) é uma solução sintética e absorvível amplamente utilizada em contextos cirúrgicos devido à sua confiabilidade mecânica e previsibilidade de absorção.
Por ser absorvido por hidrólise, elimina a necessidade de remoção manual, contribuindo para uma recuperação mais confortável e segura.
Neste conteúdo, você confere as principais atualizações sobre as propriedades, indicações e precauções no uso dos fios de sutura PGA. Mantenha-se atualizado com informações técnicas essenciais para sua prática clínica.

Propriedades mecânicas e desempenho clínico
Reconhecido por sua resistência inicial à tração, o fio de PGA mantém a firmeza necessária durante as fases iniciais da cicatrização. Entretanto, estudos demonstram que essa resistência tende a diminuir após exposição a fluidos corporais como a bile e o suco pancreático, o que pode comprometer seu desempenho em cirurgias abdominais ou digestivas.
Outro ponto de atenção é sua maior propensão ao desenrolamento dos nós, o que pode afetar a segurança da sutura em tecidos sob tensão contínua.
Apesar dessas limitações, o manuseio do PGA é facilitado por sua estrutura multifilamentar trançada, proporcionando boa maleabilidade e segurança no ato operatório, desde que técnicas adequadas de fixação sejam aplicadas.
Reação tecidual e riscos associados
A biocompatibilidade do ácido poliglicólico é satisfatória, mas não isenta de variações conforme o tecido suturado. Em especial, tecidos reprodutivos podem apresentar maior resposta inflamatória quando comparados a outros materiais, como o ácido poliglático. Em alguns casos, foram relatadas formações de granulomas, especialmente quando o material permanece por longos períodos em tecidos suscetíveis.
O risco de colonização bacteriana também deve ser considerado. Por ser multifilamentar, o PGA apresenta maior superfície de contato e, portanto, maior potencial de abrigar microrganismos, tornando-se menos indicado em procedimentos com risco infeccioso elevado, como cirurgias orais ou em pacientes imunocomprometidos.
Indicações e limites de uso
O fio de sutura PGA é indicado para procedimentos em tecidos com boa vascularização e que cicatrizam rapidamente, como em cirurgias ginecológicas, odontológicas e em camadas internas da cirurgia geral. Sua absorção previsível e ausência de necessidade de retirada favorecem especialmente pacientes pediátricos ou em contextos onde o acesso posterior à sutura seria complexo.
Contudo, seu uso deve ser evitado em regiões que exijam suporte mecânico prolongado, como a fáscia abdominal, ou em locais com alta carga bacteriana, onde a estrutura multifilamentar pode se tornar um ponto de vulnerabilidade.
Considerações para a prática cirúrgica
Na prática clínica, a escolha do fio de sutura mais apropriado deve levar em conta não apenas a técnica cirúrgica e a região anatômica, mas também o perfil inflamatório do tecido e o risco de infecção local. De modo geral, o fio de ácido poliglicólico (PGA), quando bem indicado, oferece uma combinação equilibrada entre segurança técnica, conforto para o paciente e menor necessidade de intervenções posteriores.
Seu desempenho confiável em uma ampla gama de procedimentos deve-se à sua absorção previsível e boa resistência inicial à tração.
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Referências:
Byrne M, Aly A. The Surgical Suture. Aesthet Surg J. 2019;39(Suppl_2):S67-S72. doi:10.1093/asj/sjz036
Faris A, Khalid L, Hashim M, et al. Characteristics of Suture Materials Used in Oral Surgery: Systemati