HEPATITE B
A hepatite B constitui grave problema de saúde pública. Estima-se que 350 milhões de pessoas, ou seja, 5% da população mundial sejam portadores dessa virose. O vírus da hepatite B (HBV) é transmitido, principalmente, por vias parenteral e sexual. O resultado desta infecção é uma complicada interação hospedeiro-vírus, que pode resultar em uma doença aguda sintomática ou em uma doença assintomática. Os pacientes podem se tornar imunotolerantes ao HBV ou desenvolverem um estado de portador crônico.
Compartilhar talheres e utensílios com pacientes doentes, também pode transmitir a doença.
O diagnóstico laboratorial da hepatite B é feito através da detecção dos constituintes do vírus, nas diferentes fases evolutivas da infecção, através de testes sorológicos (pesquisa de antígenos e anticorpos) e moleculares (pesquisa qualitativa e quantitativa do DNA viral). Várias técnicas são empregadas no diagnóstico sorológico, contudo, as mais utilizadas atualmente são os ensaios imunoenzimáticos (ELISA) e a quimiluminescência e teste rápido. Este último, o resultado pode ser conhecido imediatamente.
HIV
No início da década de 1980, a humanidade encontrou o grande desafio de enfrentar a pandemia da AIDS, doença causada pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) e que hoje ocupa lugar de destaque entre os principais problemas de saúde no mundo.
A epidemia da AIDS que acometia inicialmente homens, adultos com alta escolaridade e práticas homossexuais, passou atingir mais os jovens, grupos sociais de maior exclusão social, pessoas com práticas heterossexuais e mulheres. A doença, envolta em preconceito que pode levar a discriminação, preocupa as mulheres quanto ao “segredo” da infecção.
Em nosso país, especialmente nos últimos anos, observa-se que a porcentagem dos pacientes com 50 anos ou mais no diagnóstico de AIDS aumentou progressivamente. O crescimento do número de infecções por HIV/AIDS em pessoas com 60 anos ou mais resulta na mais nova característica da epidemia.
Estima-se que 866 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e AIDS divulgado no final de 2018, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção de casos de AIDS em torno de 18,3 casos a cada 100 mil habitantes, em 2017. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, nos últimos cinco anos.
Nos últimos quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 óbitos/100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos/100 mil habitantes em 2017. A redução é resultado da garantia do tratamento para todos – lançada em 2013 -, aliada à melhoria do diagnóstico, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.
Por que fazer o teste de AIDS
Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.
O teste rápido anti-HIV, corroboram o uso dos mesmos: a metodologia de testagem é simples e produz resultado em, no máximo, 30 minutos; são acondicionados separadamente, permitindo a testagem individual; apresentam sensibilidade e especificidade similares aos Elisa (EIA) e Westem Blot (WB); a coleta da amostra de sangue é pela punção da polpa digital do indivíduo.
Vale ressaltar que a AIDS não tem cura. Ela possui apenas tratamento e a prevenção ainda é a melhor forma de se evitar a doença.
HEPATIVE C (HCV)
A hepatite C é uma doença infecciosa que causa inflamação aguda ou crônica do fígado. Antes da descoberta de seu agente viral este tipo de hepatite foi denominado como hepatite não A-não B – uma forma de doença hepática aguda ou crônica que se seguia após a uma transfusão sanguínea ou de hemoderivados. O vírus da hepatite C (HCV) é um agente infeccioso transmitido principalmente por sangue, seu potencial infeccioso por via sexual não é alto, a transmissão vertical também é considerada pouco comum. A infecção pelo vírus VHC é um problema de saúde pública em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Sabemos hoje que, a hepatite C compete com a doença hepática alcoólica como a maior causa de doença crônica do fígado, podendo ser a vencedora em várias áreas geográficas. Estima-se que 3 % da população mundial esteja contaminada, sendo relevante o número de pessoas que desconhece o fato de albergar o vírus.
Diversos estudos apontam como principais fatores de risco, entre eles, o uso de drogas injetáveis e transmissão sexual.
Um exemplo é o teste de triagem qualitativa é o método de Imunocromatografia (figura 2), que contém apenas o antígeno de HCV recombinante conjugado com ouro coloidal. É de realização mais simples e, possivelmente, mais barato do que os testes comerciais disponíveis.
Os testes qualitativos, são usados antes de se iniciar o tratamento de pacientes com hepatite C e para avaliar a eficácia do tratamento.
TODAS AS PATOLOGIAS ACIMA, POSSUEM UM PERÍODO DE INCUBAÇÃO, CONHECIDO COMO JANELA IMUNOLÓGICA. EM CASO DE DÚVIDAS, CONSULTE UM MÉDICO, A PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO E CONHECER O DIAGNÓSTICO PRECOCEMENTE AUMENTAM AS CHANCES DO PACIENTE INFECTADO E NO CASO DA HEPATITE B, AS CHANCES DE CURA.
Fontes:
http://giv.org.br/Ativismo-GIV/Porque-um-Dia-Mundial-de-Luta-Contra-a-AIDS/
http://www.dst.uff.br/arquivos-htm/bemfam.htm
http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/ministerio-da-saude-lanca-campanha-para-conter-avanco-de-hiv-em-homens
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