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Usabilidade dos materiais de coleta na fase pré-analítica

A fase pré-analítica é reconhecida como uma das etapas mais suscetíveis a erros dentro do processo laboratorial. Estima-se que até 70% das falhas em exames tenham origem nessa fase. Entre os múltiplos fatores que a influenciam, a usabilidade e a qualidade dos materiais de coleta se destacam como pontos críticos.

Entre os principais fatores que contribuem para a redução dessas falhas está a escolha criteriosa dos materiais de coleta, que impacta diretamente na segurança da amostra e na eficiência da rotina dos profissionais de laboratório. Continue a leitura e entenda como essa decisão faz a diferença!

Por que a usabilidade dos materiais de coleta é tão importante?

A qualidade e o design dos materiais de coleta afetam diretamente a integridade da amostra, a segurança do paciente e a eficiência dos fluxos laboratoriais. Características como facilidade de manuseio, vedação segura, ergonomia e resistência do material impactam o risco de contaminação, perda de amostra e geração de resultados inconclusivos ou falsamente alterados.

Estudos apontam que tubos, frascos e pipetas inadequadas podem liberar contaminantes químicos como plastificantes e aditivos poliméricos, especialmente quando expostos a variações de temperatura durante o armazenamento. Esses contaminantes têm potencial para interferir em análises bioquímicas, hematológicas e moleculares. Além disso, a variabilidade entre lotes de um mesmo produto reforça a necessidade de validação sistemática dos materiais de coleta antes de sua utilização em rotina laboratorial.

Impacto da usabilidade dos materiais em diferentes tipos de exames

Cada tipo de exame clínico apresenta particularidades quanto à coleta e ao tipo de material utilizado. Por isso, compreender como a usabilidade dos dispositivos afeta diferentes metodologias é fundamental para evitar erros na fase pré-analítica.

Exames hematológicos

Nos exames hematológicos, tubos com concentrações inadequadas de anticoagulantes podem causar alterações morfológicas nas células sanguíneas, como encolhimento ou fragmentação. Isso afeta diretamente parâmetros como hematócrito, volume corpuscular médio (VCM) e contagem de plaquetas.

Além disso, tubos de baixa qualidade podem favorecer a formação de coágulos, inviabilizando a análise automatizada e aumentando a necessidade de recoletas.

Análises bioquímicas

Em exames bioquímicos, a presença de contaminantes liberados pelos materiais de coleta pode interferir na estabilidade dos analitos, levando a resultados imprecisos. Elementos-traço, como metais pesados, são particularmente sensíveis a esse tipo de interferência, sendo críticos em exames toxicológicos e de biomonitoramento ambiental.

Exames moleculares

Na área molecular, como em testes de PCR, a qualidade do material de coleta e armazenamento afeta diretamente a pureza e integridade dos ácidos nucleicos extraídos. Impurezas liberadas pelos tubos ou swabs podem causar inibição de reações enzimáticas, gerando falsos negativos ou resultados inconclusivos.

Diretrizes internacionais recomendam a utilização de materiais que minimizem a liberação de contaminantes e garantam a recuperação eficiente do material biológico de interesse.

Principais problemas causados por materiais de coleta inadequados

Os impactos da baixa qualidade dos materiais de coleta vão muito além da análise laboratorial. Eles afetam diretamente o diagnóstico clínico, a segurança do paciente e os custos operacionais das instituições de saúde.

Materiais inadequados podem comprometer a precisão dos resultados de diversas maneiras. A adsorção de analitos ou a liberação de contaminantes químicos durante a coleta e o armazenamento das amostras são exemplos frequentes. Essa interferência é particularmente crítica em exames de bioquímica, hematologia e toxicologia, onde pequenas variações podem levar a diagnósticos incorretos.

Outro aspecto crítico é que o uso de tubos e frascos de baixa qualidade eleva de forma significativa a incidência de hemólise. Esse fenômeno, caracterizado pela ruptura das células sanguíneas e consequente liberação de componentes intracelulares, como potássio e lactato desidrogenase (LDH), pode gerar resultados laboratoriais falsamente alterados, simulando patologias inexistentes ou ocultando condições clínicas relevantes.

A contaminação analítica também é uma ocorrência prejudicial. Elementos-traço, como metais pesados, e resíduos químicos provenientes do próprio material de coleta podem interferir em exames sensíveis, como análises moleculares e estudos ambientais, comprometendo a especificidade e a sensibilidade dos métodos empregados.

A formação de coágulos e massas de fibrina também representa um risco significativo quando anticoagulantes são utilizados em concentrações inadequadas ou quando há falha na homogeneização das amostras. Esses eventos podem bloquear sondas de analisadores automatizados, provocar atrasos na rotina laboratorial e exigir manutenção técnica adicional.

Quais as consequências?

A consequência direta desses problemas é o aumento na taxa de rejeição de amostras, levando à necessidade de recoletas. Essa situação gera atrasos no diagnóstico, aumento do tempo de internação, desconforto adicional para o paciente e maior demanda por recursos laboratoriais.

Do ponto de vista econômico, o retrabalho, a manutenção não planejada dos equipamentos e o desperdício de insumos tornam-se inevitáveis, impactando diretamente os custos operacionais do laboratório. Portanto, investir em materiais de coleta de qualidade comprovada não é apenas uma questão técnica, mas uma estratégia fundamental para garantir a segurança do paciente e a sustentabilidade financeira dos serviços laboratoriais.

A Labor Health Supply oferece uma linha completa de materiais de coleta desenvolvidos com foco em usabilidade, segurança e qualidade técnica. Produtos como os swabs estéreis e os potes coletores com vedação segura são projetados para reduzir o risco de erros na fase pré-analítica, garantindo maior integridade das amostras e segurança para o paciente.

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Referências:

Yin, Peiyuan et al. “Preanalytical aspects and sample quality assessment in metabolomics studies of human blood.” Clinical chemistry vol. 59,5 (2013): 833-45. doi:10.1373/clinchem.2012.199257

Bowen, Raffick A R et al. “Impact of blood collection devices on clinical chemistry assays.” Clinical biochemistry vol. 43,1-2 (2010): 4-25. doi:10.1016/j.clinbiochem.2009.10.001

Korenkova, Vlasta et al. “The focus on sample quality: Influence of colon tissue collection on reliability of qPCR data.” Scientific reports vol. 6 29023. 7 Jul. 2016, doi:10.1038/srep29023

Krauss, Martin et al. “Assessing background contamination of sample tubes used in human biomonitoring by non-targeted liquid chromatography-high resolution mass spectrometry.” Environment international vol. 183 (2024): 108426. doi:10.1016/j.envint.2024.108426

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