Antissepsia: o que é?
A antissepsia consiste em medidas destinadas a eliminar ou inibir micro-organismos em tecidos vivos, utilizando agentes químicos específicos. No ambiente hospitalar, é uma prática indispensável, especialmente em procedimentos invasivos como a inserção de cateteres venosos periféricos, para reduzir riscos de infecção.
No Brasil, a Anvisa regulamenta o uso de antissépticos com critérios técnicos claros, conforme descrito na Nota Técnica nº 01/2022. Produtos como clorexidina alcoólica e iodóforos, recomendados para a desinfecção da pele, são avaliados quanto à composição, mecanismo de ação e indicação de uso, garantindo eficácia e segurança no contexto clínico.
Esses antissépticos são essenciais para prevenir complicações graves, como infecções da corrente sanguínea associadas a cateteres (ICSAC), protegendo pacientes vulneráveis e assegurando práticas seguras em instituições de saúde.
Assepsia x Antissepsia: qual a diferença?
Embora frequentemente confundidos, assepsia e antissepsia têm finalidades distintas, mas complementares:
- Assepsia: Conjunto de práticas que busca evitar a contaminação de instrumentos, ambientes e superfícies por micro-organismos. Inclui o uso de materiais estéreis, barreiras físicas e técnicas rigorosas de higienização.
- Antissepsia: Focada em eliminar ou inibir o crescimento de micro-organismos em tecidos vivos, como a pele e as mucosas, antes de procedimentos invasivos.
Enquanto a assepsia busca manter o ambiente livre de germes, a antissepsia atua diretamente na pele ou nos tecidos do paciente, garantindo um controle adicional de infecções.
Por que a antissepsia é necessária no uso de cateteres?
Os CVPs são essenciais para terapias intravenosas, como administração de medicamentos e nutrição parenteral. Contudo, a sua utilização pode trazer riscos significativos, especialmente em cenários onde a antissepsia é negligenciada, como:
- Colonização bacteriana: micro-organismos presentes na pele podem migrar para o cateter, causando infecções locais ou sistêmicas.
- Infecções da corrente sanguínea: são complicações graves que podem resultar em septicemia, prolongando internações e aumentando a mortalidade hospitalar.
A aplicação de agentes antissépticos na pele, tanto antes da inserção do cateter quanto durante sua manutenção, é fundamental para minimizar a carga microbiana e prevenir a colonização por micro-organismos potencialmente patogênicos. Essas práticas reduzem significativamente o risco de infecções relacionadas ao uso do dispositivo, protegendo o paciente ao longo de toda a terapia intravenosa.
Estudos comprovam que soluções alcoólicas de clorexidina são altamente eficazes na redução das taxas de infecções relacionadas a cateteres, superando outros antissépticos em termos de proteção. Além disso, o uso regular de antissépticos durante a manutenção do dispositivo é fundamental para inibir a proliferação de micro-organismos e evitar a formação de biofilmes, que podem comprometer a segurança do paciente.
Melhores práticas no manejo de cateteres venosos periféricos
O manejo adequado de cateteres exige atenção às etapas que antecedem sua inserção, bem como a aplicação de boas práticas durante a manutenção e no monitoramento clínico. Seguir protocolos padronizados é fundamental para garantir a segurança do paciente e prevenir infecções relacionadas ao uso de dispositivos intravenosos.
Antes da inserção
Antes da inserção de cateteres venosos periféricos, é importante adotar medidas que minimizem os riscos de contaminação e promovam um ambiente controlado e seguro. Algumas práticas envolvem:
1. Realizar a higienização rigorosa das mãos utilizando solução alcoólica ou sabão antisséptico, assegurando a eliminação de micro-organismos antes do procedimento.
2. Aplicar solução alcoólica de clorexidina, utilizando técnica de fricção mecânica para maximizar a ação do antisséptico.
3. Aguardar a secagem completa do produto antes de realizar a punção, garantindo maior eficácia antimicrobiana.
4. Utilizar luvas e demais equipamentos de proteção individual para minimizar o risco de contaminação do sítio de inserção.
Manutenção do cateter
A manutenção adequada de cateteres venosos periféricos é imprescindível para evitar complicações e garantir a segurança do paciente. As principais práticas incluem a troca de curativos e a desinfecção de conexões:
- Limpar conexões, dispositivos valvulados e hubs com solução alcoólica a 70%, aplicando fricção mecânica por pelo menos 15 segundos antes de cada uso.
- Realizar a troca regular dos curativos seguindo as diretrizes institucionais ou sempre que houver comprometimento, como umidade, sujidade ou descolamento.
Monitoramento clínico
O monitoramento clínico é uma etapa indispensável para identificar condições como sinais de trombose, hematomas, extravasamento ou indícios de infecção, garantindo a segurança do paciente e a eficácia do tratamento.
- Documentação e intervenção:
Registrar alterações clínicas observadas e, quando necessário, substitua o cateter ou solicite exames microbiológicos para diagnóstico preciso. - Inspeção clínica do sítio de inserção:
Avaliar regularmente o local de inserção para identificar sinais precoces de complicações, como hiperemia, edema ou presença de exsudato.
Benefícios da Antissepsia no cuidado com cateteres
A antissepsia é uma aliada indispensável no cuidado com cateteres venosos periféricos. A seguir listamos alguns dos benefícios, confira:
- Redução das taxas de infecção: práticas de antissepsia, combinadas com produtos de alta tecnologia, diminuem significativamente as complicações relacionadas ao uso de cateteres.
- Segurança para pacientes e profissionais: cateteres com sistemas de segurança reduzem a exposição a patógenos, protegendo todos os envolvidos no cuidado.
- Eficiência operacional: a utilização de materiais estéreis e de fácil manuseio otimiza o fluxo de trabalho e reduz o tempo necessário para intervenções.
Tecnologias que elevam o padrão de segurança
Aliar práticas baseadas em evidências ao uso de tecnologias inovadoras, como os cateteres da Labor – Health Supply, garante maior segurança para pacientes e profissionais, reduzindo complicações e otimizando os resultados clínicos.
Produtos como o Cateter Venoso Periférico de Segurança Labor Import foram projetados para oferecer proteção adicional. Com um sistema passivo de segurança que encapsula automaticamente a agulha, eles minimizam o risco de acidentes perfurocortantes.
Diferenciais dos Cateteres Labor – Health Supply
A Labor Health oferece uma linha completa de cateteres que atendem às mais rigorosas normas de segurança e qualidade:
- Cateter Venoso Periférico de Segurança Labor Import
Sistema passivo de segurança.
Ideal para infusões de curta e média duração. - Cateter Intravenoso Periférico Solidor
Design funcional e flexível.
Ideal para infusões de curta e média duração. - Cateter Intravenoso Periférico Convencional
Livre de DEHP e com câmara de refluxo translúcida.
Ideal para infusões de curta e média duração. - Alphaven® Safe (em breve)
Duplo mecanismo de segurança e filtro bacteriológico.
Proteção otimizada contra infecções e acidentes.
Outro produto oferecido pela Labor Health é o Adesivo para Fixação de Dispositivo Intravenoso PROCARE® / Adesivo PHARMAPORE
- Transparência: permite a visualização do local de inserção sem a necessidade de remoção, facilitando o monitoramento para identificar sinais precoces de complicações como inchaço, vermelhidão ou secreção.
- Proteção contra contaminação e infecção: o adesivo age como uma barreira contra microrganismos, ajudando a prevenir infecções associadas a cateteres, como infecções da corrente sanguínea.
Pronto para otimizar a segurança e a eficiência no uso de cateteres venosos periféricos? Conheça os cateteres venosos periféricos da Labor Health, projetados para oferecer segurança e eficiência no cuidado, e eleve o padrão de proteção para seus pacientes.
Referências:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2022). Nota técnica nº 01/2022: Harmonização de critérios para enquadramento regulatório de antissépticos de uso humano. Brasília, DF: Anvisa. Disponível em https://www.gov.br/anvisa.
Bonvento, M.. (2007). Acessos vasculares e infecção relacionada à cateter. Revista Brasileira De Terapia Intensiva, 19(2), 226–230. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2007000200015
Mimoz O, Lucet JC, Kerforne T, Pascal J, Souweine B, Goudet V, Mercat A, Bouadma L, Lasocki S, Alfandari S, Friggeri A, Wallet F, Allou N, Ruckly S, Balayn D, Lepape A, Timsit JF; CLEAN trial investigators. Skin antisepsis with chlorhexidine-alcohol versus povidone iodine-alcohol, with and without skin scrubbing, for prevention of intravascular-catheter-related infection (CLEAN): an open-label, multicentre, randomised, controlled, two-by-two factorial trial. Lancet. 2015 Nov 21;386(10008):2069-2077. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00244-5.
Prat M, Guenezan J, Drugeon B, Burucoa C, Mimoz O, Pichon M. Impact of Skin Disinfection on Cutaneous Microbiota, before and after Peripheral Venous Catheter Insertion. Antibiotics (Basel). 2022 Sep 7;11(9):1209. doi: 10.3390/antibiotics11091209.
Su J, Wu S, Zhou F, Tong Z. Research Progress of Macromolecules in the Prevention and Treatment of Sepsis. Int J Mol Sci. 2023 Aug 21;24(16):13017. doi: 10.3390/ijms241613017.