Controle Urinário: Disfunções urinárias em cadeirantes
Os cadeirantes são pacientes que normalmente apresentam lesões medulares, sejam elas parciais ou totais. Essas lesões provocam alterações urinárias causadas pelas modificações neurológicas, que produzem ações na bexiga e no esfíncter urinário.
Os problemas mais comuns em cadeirantes decorrem da disfunção e do surgimento da infecção do trato urinário por repetição. Com isso, por não ter a contração adequada da bexiga nem a sensibilidade em identificar o desprezo total da urina, o resíduo pós-miccional leva a quadros não estáveis e a diminuição da qualidade de vida.
Os tratamentos indicados vão desde os comportamentais, focados em hábitos nutricionais, ingestão hídrica controlada, “Manobra de Valsava”, que é o esforço e a movimentação na região abdominal para estimular a bexiga ao esvaziamento, até medicamentosos e a indicação de processos cirúrgicos de ampliação vesical mediante avaliação médica.
Um estudo europeu multicêntrico retrospectivo constatou uma significante melhora nos parâmetros urodinâmicos em pacientes que fizeram uso de Toxina Botulínica A (TB). Nele comprovou-se que 200 pacientes portadores de Bexiga Hiperativa Neurogênica (BH), que fizeram uso de TB (300 unidades) e foram acompanhados entre 6 e 36 semanas, apresentaram 73% de continência urinária em 12 meses, que para a Medicina é um avanço frente à necessidade de pacientes com incontinência urinária.
Algumas medidas preventivas são primordiais para evitar infecções urinárias, entre eles a boa alimentação e, em especial, para evitar o desconforto e uma melhor convivência com a incontinência urinária, o uso de coletores de urina confeccionados para se adaptar ao paciente cadeirante e melhorar sua qualidade de vida.
Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia