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Microscopia: A visão ampliada do mundo invisível e o avanço tecnológico no setor laboratorial

Enxergar objetos pequenos sempre foi um desafio, mas poucas pessoas do passado poderiam adivinhar que conseguiríamos ver objetos “invisíveis” por meio de instrumentos ópticos. 

Essa técnica é tão importante para a ciência moderna que hospitais, clínicas e locais de estudos praticam rotineiramente em todo o mundo. 

Com uma amostra biológica e um equipamento de qualidade, pode-se enxergar nuances de patologias que não são visíveis a olho nu — e ter um diagnóstico preciso rapidamente. 

Quer entender como essa tecnologia funciona? Continue lendo e entenda sua importância! 

Microscopia

O que é microscopia? 

A microscopia é uma das áreas mais vivas do diagnóstico que temos na atualidade. 

Prova disso foi o 48º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, no qual a Bunzl apoiou a Sala de Microscopia do evento. 

Basicamente, essa técnica permite ampliar imagens muito pequenas de modo a tornar visíveis elementos antes tidos como inexistentes.  

Para tanto, existem diversas técnicas e equipamentos para isso, como o microscópio óptico, que usa luz visível, o eletrônico e muitos outros. 

Essa é uma das áreas que mais cresce dentro da ciência, tanto que existem até mesmo microscópios a nível atômico, ou seja, máquinas que nos deixam ver o átomo, por assim dizer. 

Quais são os princípios básicos da microscopia? 

O princípio depende do equipamento analisado, que pode ser desde um dos mais antigos até os mais modernos, que usam tecnologia de última geração. 

Quando falamos em microscópio óptico, as lentes são as responsáveis pelo ampliamento da imagem. Portanto, os princípios da óptica geométrica são empregados em sua construção. 

Como a óptica geométrica trata de raios de luz, essa também se torna um dos principais “ingredientes” desse equipamento. Por isso que muitos desses equipamentos possuem pequenos leds logo abaixo da amostra. 

Quando precisamos de microscópios mais potentes, com certeza, devemos analisar os eletrônicos. Esses equipamentos fazem uso de feixes de elétrons ao invés de raios de luz, tendo capacidade de ampliação realmente muito alta. 

Por fim, existem os microscópios de força atômica, só que são empregados em indústrias ou em pesquisa de base, e não na área médica. 

Então, levando em conta que boa parte das estruturas biológicas está na casa do nanômetro, é conveniente empregar microscópios ópticos na medicina.  

Como foi a evolução da microscopia ao longo dos anos? 

O microscópio é um equipamento bastante antigo graças aos estudos de óptica geométrica, que vem desde a Grécia Antiga. 

O primeiro microscópio, por assim dizer, possuía apenas uma lente e tinha uma ampliação bastante modesta — algo comparado a uma lupa. Parte da culpa da pequena ampliação eram as lentes da época (século XVI). 

No século XVII, surgiu o primeiro microscópio composto, que consistia de lentes esféricas altamente polidas. Este equipamento já era capaz de trazer detalhes sobre a amostra, embora ainda fosse bastante rudimentar. 

A partir daí, os inventores perceberam a clara relação entre a qualidade das lentes e o poder do equipamento. Por isso a comunidade científica investiu muito em trabalho e dinheiro para aperfeiçoar as lentes. 

No século XIX surgiu o primeiro microscópio de campo claro e, menos de 100 anos após sua invenção, o microscópio eletrônico foi desenvolvido. O equipamento de varredura veio menos de 20 anos após o eletrônico, e daí para frente temos a microscopia avançada. 

Para a medicina, o microscópio óptico foi uma imensa revolução tanto no entendimento do corpo humano quanto para diagnosticar doenças. 

Como preparar amostras para microscopia? 

A preparação de amostras para microscopia depende de vários fatores, como natureza da amostra, técnica utilizada e microscópio empregado no procedimento. 

No entanto, boa parte do procedimento é padrão, seguindo o seguinte fluxo: 

  • Fixação: a fixação serve para preservar o material biológico da amostra, otimizando a microscopia. Existem diversos fixadores, por isso atenção redobrada nessa hora. 
  • Desidratação: é um processo bastante utilizado quando falamos em amostra biológica, principalmente quando será utilizado um microscópio eletrônico. 
  • Incorporação: em muitas ocasiões o cientista deseja seccionar a amostra biológica em análise. Para isso, ele incorpora a amostra em uma material transparente, como resina ou parafina. 
  • Cortes finos: a amostra costuma ser mais espessa que o ideal para o procedimento, por isso há necessidade de cortá-la em partes finas, melhorando a qualidade do resultado. 
  • Coloração: a ciência já catalogou diversos materiais que colorem partes de interesse de uma amostra biológica. Dessa forma, colorir antes de colocar no microscópio ajuda a facilitar enxergar estruturas pouco visíveis — ou destacá-las no emaranhado de elementos. 

Agora que apontamos os principais processos para preparar uma amostra, vamos trazer alguns exemplos de uso bastante comuns da microscopia na ciência. 

Como a microscopia é utilizada na ciência, indústria e na medicina? 

Existe um rol enorme de aplicações da microscopia na ciência, medicina e indústria. Veja alguns deles: 

  • Diagnóstico de doenças: muitas patologias possuem sintomas que só podem ser vistos com o auxílio de um microscópio, por isso esse equipamento é comum em clínicas e hospitais. 
  • Controle de qualidade: nas indústrias, é comum usar microscópios para conferir a qualidade do produto final antes de enviar para os distribuidores. 
  • Pesquisa: tanto a medicina quanto a biologia fazem uso de microscópios ópticos com finalidade de pesquisa. Esse equipamento permite identificar estruturas e categorizar materiais biológicos com facilidade, por isso é amplamente utilizado. 
  • Detecção de contaminantes: os microscópios são usados para detectar se um alimento está contaminado rapidamente na indústria alimentícia. 

Agora que já comentamos as aplicações desse equipamento, o que será que o futuro nos reserva? Veja algumas tendências! 

O que podemos esperar da microscopia no futuro? 

Como a microscopia é muito importante para diagnosticar doenças, é uma tendência termos mais equipamentos de qualidade nos hospitais e laboratórios médicos. 

Além disso, com o avanço de técnicas avançadas de inteligência artificial, é provável que os novos microscópios venham com um sistema inteligente embutido de fábrica. 

Em resumo, podemos esperar equipamentos mais potentes e mais baratos com o passar do tempo, aumentando a acessibilidade dessas peças. 

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