As vacinas têm a finalidade de assegurar proteções específicas ao indivíduo imunizado, sendo consideradas, por muitos, as responsáveis por salvar inúmeras vidas e evitar a propagação de uma série de doenças.
Vacinas, ao contrário dos medicamentos, são produtos biológicos destinados a proteger quem não está doente, ou seja, não se trata de reverter um agravo já existente, mas sim de evitá-lo.
Em 1776, foi produzida a primeira vacina, que foi contra o vírus da varíola, hoje erradicado. Nessa época, o médico britânico Edward Jenner elaborou as vacinas a partir de lesões em vacas e, hoje em dia, por meio de avanços tecnológicos na medicina, existem vacinas para diversas doenças, como: gripe, hepatite, febre amarela, sarampo, tuberculose, rubéola, difteria, tétano, coqueluche, meningite, poliomielite, diarreia por rotavírus, caxumba e pneumonia causada por pneumococos, entre muitas outras que estão em constante evolução e estudo.
Nas últimas duas décadas, o rápido progresso das pesquisas, em particular nas áreas da imunologia e da biologia molecular, lançou as bases de um desenvolvimento sem precedentes para a implementação de novas vacinas e de novas estratégias de vacinação em todo mundo. Assim, em 1981, a Organização Mundial de Saúde (OMS), com apoio do Unicef, lançou o Programa Expandido de Imunização, com a finalidade de imunizar 80% das crianças do mundo com as cinco vacinas básicas (poliomielite, difteria, sarampo, pertussis e tétano).
Em relação a efeitos adversos, são raros casos considerados graves e que não existe nada mais recomendável do que as vacinas. “Os efeitos colaterais mais comuns são dor no braço, vermelhidão e inchaço onde foi aplicada a vacina. Também pode ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Em alguns casos, e dependendo do tipo de vacina, é possível apresentar sintomas parecidos com os da própria doença. Isso acontece pelo fato de a vacina ter em sua composição um vírus enfraquecido, mas incapaz de transmitir a enfermidade. Em casos mais extremos, bem raros, pode causar choque anafilático.
“A REVOLTA DA VACINA”
Inaugurada em 1994, a exposição A Revolta da Vacina: da varíola às campanhas de imunização, traça as trajetórias das políticas de imunizações implementadas pelo Brasil ao longo do último século. Tendo como ponto de partida o episódio que marcou a reação popular à lei da vacinação obrigatória proposta por Oswaldo Cruz, a mostra busca atualizar a temática da vacinação enfocando aspectos relativos às campanhas de erradicação da varíola e da poliomielite, aos programas de imunizações implementados por organismos internacionais e pelo país, bem como aqueles relativos à pesquisa e ao desenvolvimento de novas vacinas.
Não existe nada mais eficaz em saúde pública do que imunização. Por isso, ela é a melhor opção.
REFERÊNCIA
MELO, G. K. M.; OLIVEIRA, J. V.; ANDRADE, M. S. Aspectos relacionados à conservação de vacinas nas unidades básicas de saúde da cidade do Recife – Pernambuco. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 19, n. 1, p. 26-33, mar. 2010.
PORTO, A.; PONTE, C. F.: Vacinas e campanhas: imagens de uma história a ser contada. História, Ciências, Saúde Manguinhos, vol. 10 (suplemento 2): 725-42, 2003.
SCHATZMAYR, Hermann G. Novas perspectivas em vacinas virais. Hist. cienc. Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 10, supl. 2, p. 655-669, 2003.
http://portalhospitaisbrasil.com.br/a-importancia-da-vacinacao-para-prevenir-doencas/