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Saiba quais são as diferenças entre Tubo Endotraqueal e Tubo de Traqueostomia e quando utilizá-los.

A medicina de emergência começa em qualquer situação na qual seja necessário manter as vias aéreas patentes e seguras. O procedimento de intubação traqueal é muito utilizado na prática clínica da enfermagem, por exemplo, quando o paciente está em coma ou sedado por algum trauma ou patologia, ou quando perde a habilidade de respiração natural, ou ainda durante procedimentos cirúrgicos.

Para realizar esses procedimentos, temos dois dispositivos médicos essenciais, que são os tubos endotraqueal e o de traqueostomia. Hoje falaremos das diferenças entre esses modelos e qual a função de cada um, confira!

O tubo endotraqueal, conhecido pelos profissionais como TOT (Tubo Orotraqueal), é um dispositivo médico-hospitalar, estéril, invasivo, utilizado em pacientes quando há necessidade de submetê-los à ventilação mecânica, ou seja, quando um respirador artificial assume a respiração e inspiração naturais.

O tubo de traqueostomia, conhecido pelos profissionais como cânula, também é um dispositivo médico-hospitalar, estéril, invasivo que é utilizado em pacientes com a mesma finalidade do TOT.

Se os dois dispositivos parecem exercer a mesma função, então quando devemos utilizá-los?

Na entubação com o TOT, o tubo é inserido dentro da traqueia do paciente através da via oral ou nasal. Já na entubação com tubo de traqueostomia, a inserção da cânula é realizada através de procedimento cirúrgico na região da traqueia.

Além disso, o tempo de permanência entre os dispositivos é de suma relevância. Suas utilizações estão associadas à possíveis riscos adversos, como danos na traqueia, danos nas cordas vocais e infecções do trato respiratório.

Dessa forma, o tempo indicado para a utilização do tubo endotraqueal não deve exceder sete dias. Após esse período, se o paciente ainda precisar de ventilação mecânica, será necessário realizar o procedimento de traqueostomia. Uma traqueostomia fornece suporte ventilatório a longo prazo e restabelece a permeabilidade das vias aéreas desses pacientes.

Portanto, é possível concluir que o tubo de traqueostomia seja uma extensão da utilização do tubo endotraqueal, sempre que necessário.

O conhecimento anatômico das vias aéreas é primordial para o sucesso da intubação traqueal. O acesso às vias aéreas sem um prévio conhecimento anatômico pode trazer graves consequências. As vias aéreas das crianças sofrem alterações significativas desde o nascimento até a idade escolar e são diferentes das dos adultos. Tanto o tubo endotraqueal, quanto o tubo de traqueostomia devem ser introduzidos exclusivamente pelo médico ou anestesista.

Muitos profissionais da enfermagem desconhecem as manobras de manutenção periódicas dos dispositivos, como o controle da pressão no balão e o reposicionamento dos tubos, principalmente quando há alguma alteração no decúbito do paciente ou procedimento de aspiração das secreções.

Além disso, frequentemente, ignoram algumas recomendações dos fabricantes, como o de realizar os testes iniciais nos dispositivos para verificar sua integridade e seu funcionamento antes da utilização. Por ser um procedimento delicado e com intervenção cirúrgica, como no caso da traqueostomia, isso se torna primordial.

Cabe às instituições de saúde elaborar os protocolos que devem seguir as orientações dos fabricantes dos dispositivos médicos, e o profissional responsável deve observar a anatomia do paciente na escolha do tamanho dos tubos.

As informações do fabricante quanto ao tempo de permanência e entre a troca de um dispositivo e outro devem ser respeitadas.

As regras a seguir devem ser cumpridas para que não haja intercorrências:

  • A colocação do tubo traqueal pode ser confirmada pela visualização da posição da ponta do tubo por radiografia, broncofibroscopia, ascultação pulmonar;
  • O paciente entubado deve ser monitorado por todo o tempo;
  • Técnicas de aspiração de secreções devem ser aplicadas para que não se formem rolhas de secreção que possam obstruir a passagem do ar;
  • A re-insuflação periódica deve ser realizada para que se mantenha a pressão adequada no balão do tubo (modelo com balão), uma vez que o ar possa se dissipar ao longo de sua utilização;
  • Nunca se deve insuflar o balão com a capacidade maior do que a determinada pelo fabricante. Caso não esteja ocorrendo uma vedação perfeita, deve-se substituir o tubo por um calibre maior;
  • Tomar as devidas precauções para que não haja infecções por contaminação externa;
  • O balão deve ser insuflado com um cuffômetro para melhor controle da pressão;
  • O circuito deve estar bem fixo e devidamente a uma distância que não provoque o acotovelamento do tubo.
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