Quanto mais cedo tratar, melhor para quem possui os sintomas
Você sabe o que é o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)? Uma boa parte das pessoas não conhece e não sabe identificar essa condição. De acordo com especialistas, quem tem TDAH apresenta sintomas como falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Ainda na infância é possível perceber sinais no indivíduo. Quando tratada, o paciente consegue controlar os sinais e focar nos estudos e trabalho. Por não ser considerada uma doença, o transtorno não tem cura e acompanha a pessoa por toda a sua vida. Por isso, o melhor mesmo é buscar o apoio de um especialista para diagnosticar e tratar o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
De acordo com dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH se manifesta em 3 a 5% das crianças brasileiras. Além da falta de atenção, o transtorna causa problemas na memória, linguagem, dificuldade no aprendizado e na interação social.
Mas não é só isso, o indivíduo que apresenta o transtorno também não consegue resolver problemas. Os primeiros sinais aparecem antes dos 7 anos de idade, fazendo com que essas crianças manifestem dificuldades na escola, em casa ou no cotidiano de forma geral.
Sintomas e causas do TDAH
Geralmente, quem tem o transtorno de desatenção não consegue se concentrar, nem ficar quieto. Isso é percebido mais na escola. Todas as crianças ou adolescentes com o déficit apresentam dificuldade em prestar atenção nas atividades e não têm paciência de terminar a leitura para responder a uma questão, por exemplo. Além disso, ficar parado é quase impossível para eles.
Apesar de ser um dos transtornos mais estudados do mundo, O TDAH não tem uma causa definida. Especialistas ainda não chegaram a um acordo sobre a origem, se genética ou ambiental. Entretanto, os estudiosos acreditam que entre as principais causas estão as seguintes:
- Genética;
- Problemas cerebrais;
- Baixo peso quando recém-nascido;
- Mãe fumante durante a gestação;
- Abuso e violência infantil;
- Negligência dos pais ou responsáveis;
- Crianças que passaram por lares adotivos;
- Exposição a chumbo.
Já se sabe que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) se apresenta de diferentes formas, ou seja, é considerado heterogêneo. Essa condição também combina muitos graus de intensidade, com diversas causas. Isso mostra o quanto o TDAH é complexo.
Os pesquisadores acreditam que o transtorno pode ser um fator genético, mas agravado por fatores ambientais. Isso sugere que há múltiplas causas para o déficit de atenção acompanhado da hiperatividade. Segundo os cientistas, a combinação dos genes com ambientes hostis torna o transtorno mais intenso e um fator de risco. Isso alteraria a estrutura química e anatômica do cérebro.
Como conhecer os sintomas?
Entre os sintomas presentes no TDAH estão: desatenção e hiperatividade/impulsividade. Esses sinais se apresentam da seguinte maneira:
- Desatenção: a criança ou adolescente não consegue se concentrar nas tarefas cotidianas e escolares. Elas perdem o foco rápido e passam a ter dificuldades no aprendizado. Com isso, a pessoa que a presenta sinais de TDAH se distrai com facilidade; esquecem de cumprir as atividades diárias; não se atentam aos detalhes e parecem desatentas o tempo todo.
- Hiperatividade e Impulsividade: Os pacientes com o transtorno têm dificuldades e problemas em cumprir regras. Esses indivíduos não conseguem ficar quietos, sempre estão andando, correndo e falam bastante. Além disso, quando sentados, sempre estão mexendo mãos e pés. Também costumam interromper as pessoas enquanto elas falam porque não têm paciência para esperar a sua vez.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico para o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é feito por meio clínico. O especialista nesse tipo de transtorno avalia o paciente por meio de critérios específicos.
Durante a consulta, o médico quer saber o histórico do paciente e de seus familiares próximos (pais, irmãos, avós, etc.). Por isso, a primeira consulta é feita com os pais. Durante a conversa, o especialista pergunta como foi a gestação, parto, período pós-parto.
Ele também questiona sobre o desenvolvimento neuropsicomotor, a esfera social e a escolaridade da criança e adolescente. A avaliação é multidisciplinar: médico, psicólogo e escola.
O transtorno só pode ser considerado após a obtenção de todos os dados necessários. Para um diagnóstico confiável, os especialistas precisam fazer uma avaliação criteriosa em diferentes aspectos da vida do paciente.
Segundo os especialistas para ser considerado TDAH, os sintomas devem estar presentes no indivíduo por seis meses ou mais. É necessário observar se os sinais ocorrem em pelo menos dois ambientes diferentes (casa e a escola).
Uma coisa importante é perceber se os sintomas se manifestaram antes dos 12 anos de idade. Além disso, quem tem o transtorno costuma ter o desempenho escolar, profissional ou doméstico prejudicados.
Tratamento
Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais cedo o indivíduo poderá ser submetido a um tratamento. Quanto mais cedo começar, melhor. Isso vai ajudar que a criança tenha uma vida mais saudável e produtiva.
Para tratar com qualidade, é necessária uma intervenção multidisciplinar com envolvimento de médicos, especialistas em saúde mental e especialistas pedagógicos. O tratamento ideal será indicado conforme as condições apresentadas pelo paciente. O médico precisa analisar caso a caso antes de definir a melhor maneira de tratar.