Saber identificar os vírus é o primeiro passo para um tratamento eficaz. Confira no artigo.
Você sabe a diferença entre o vírus Influenza e vírus da Covid-19? Os dois têm sintomas semelhantes e podem ser facilmente confundidas. Contudo, há algumas diferenças que precisam ser reconhecidas para que o tratamento indicado seja realmente o correto.
Para um diagnóstico seguro é necessário realizar um teste de antígeno, mas os médicos explicam que há sinais que ajudam a identificar com qual vírus a pessoa possa estar.
O fato é que as duas doenças estão enchendo os hospitais e postos de saúde em todo Brasil. Com a variante Ômicron, muita gente voltou a ser internada e alguns estados já apresentam UTIs com mais ou até 80% de ocupação. Segundo a Fiocruz são seis. São eles:
- Distrito Federal, Espírito Santo (80%);
- Goiás (82%);
- Mato Grosso do Sul (80%);
- Pernambuco (81%);
- Piauí (82%);
- Rio Grande do Norte (83%);
- São Paulo, é de 65% no Estado e de 71% na capital.
Não bastassem os avanços da variante do coronavírus, a gripe H3N2 além de encher os hospitais, está levando brasileiros à morte. Casos de óbitos pela influenza já foram registrados em alguns estados brasileiros, entre esses, Bahia e Rio de Janeiro.
Diferença entre a Ômicron e Influenza
Os casos de Influenza começaram no Brasil no final do ano de 2021 e com as festas de Confraternização, Natal e Ano Novo, os casos estouraram. A mesma coisa foi com a Covid-19, que ainda conta com a agravante da Ômicron, muito mais transmissível.
Entre as diferenças das duas doenças está o ritmo de evolução. O coronavírus evolui a partir do sétimo dia. É quando os sintomas vão ficando mais fortes e em alguns casos leva à internação por quadro de problemas respiratórios. Mais de 625 mil pessoas morreram de 2020 até agora. O pico ocorreu no início de 2021 quando o sistema de saúde entrou em colapso em muitos estados. No Amazonas, a crise no oxigênio, foi a principal causa de morte de pessoas internadas pela doença. Isso porque nos hospitais não havia oxigênio para todos.
Enquanto a Covid apresenta sintomas fortes no sétimo dia, a gripe causada pelo H3N2 é intensa desde o primeiro momento. Por isso, conhecer os sintomas é fundamental, embora muitas vezes ocorra confusão. O que vai confirmar se o paciente está com um ou com outro vírus é o teste de antígeno.
Conheça os sintomas e aprenda a diferenciá-los
Influenza H3N2
Conhecida como a gripe, a infecção causada pelo vírus Influenza, como já informamos apresenta sintomas agudos nos primeiros dias da doença. São eles:
- Febre alta;
- Calafrios;
- Dores musculares em todo corpo;
- Tosse persistente;
- Dor de garganta intensa;
- Mal-estar constante;
- Perda de apetite;
- Coriza;
- Nariz entupido;
- Olhos irritados.
Covid-19
O vírus ganha força a partir do sétimo dia, mas algumas pessoas podem não apresentar sintomas e outras podem ter sintomas leves. Em casos mais graves, a Covid-19 pode levar ao quadro de insuficiência respiratória.
Agora com a variante Ômicron, infectologistas e pesquisadores ainda não sabem ao certo como ela se comporta. Há muitas dúvidas sobre a cepa em todo mundo. Contudo, o que sabemos é que ela é mais transmissível que as demais.
Embora muita gente diga que essa nova variante seja menos grave, alguns especialistas alertam para não subestimá-la. Isso porque ela pode levar os pacientes que não se vacinaram ou que não completaram o esquema vacinal a um estágio mais crítico. Isso deixa a comunidade científica em observação constante para entender a cepa.
Apesar da atual cepa, no Brasil ainda predominam as variantes Delta e Gama, que são mais mortais. Os médicos informam que há uma diferença entre os sintomas da Ômicron e de outras cepas. Veja quais são:
Variante Ômicron:
- Dor de garganta;
- Dor muscular, principalmente na região da lombar;
- Congestão nasal;
- Problemas estomacais e diarreia.
Variantes Delta e Gama:
- Perda de olfato e paladar;
- Dor intensa no corpo;
- Muita dor de cabeça;
- Cansaço muscular;
- Febre;
- Tosse constante.
De que forma as crianças são afetadas?
Jamal Suleiman. infectologista do Instituto Emílio Ribas, explica que as crianças estão sendo mais afetadas pela Influenza do que Covid. Há mais registros da H3N2 nesse grupo.
Entretanto, o médico alerta para que os pais fiquem atentos aos sintomas, que podem se manifestar de maneira isolada. E ao primeiro sinal de que a criança ou adolescente estejam com um dos dois vírus, é importante procurar tratamento médico e fazer o exame de antígenos para identificar o vírus e tratar a doença de maneira adequada.
Evite o contágio
Evitar a transmissão da doença é muito importante. O aumento dos casos se deu justamente quando as pessoas relaxaram no final do ano, aglomeraram e não usaram máscara.
Para não corrermos o risco de sermos contaminados, o álcool em gel e a máscara continuam fortes aliados na redução de casos de infecção. Além disso, lavar as mãos, evitar aglomerações e praticar o distanciamento social também fazem parte da lista de cuidados cotidianos.
Os especialistas reforçam que ainda não é momento para abandonar os itens e medidas de proteção.
Além disso, a vacinação também é uma forte aliada. Completar o esquema de imunização reduz os casos graves e as mortes pela covid-19. Ainda não há vacina para a H3N2, mas os médicos recomendam que os brasileiros tomem a vacina da gripe disponível nos postos de saúde.