O Alzheimer, assim como o Lúpus e a Fibromialgia, são doenças que aparentemente não possuem qualquer semelhança entre si. Porém, há um motivo que as aproximam: nenhuma delas possui cura conhecida pela medicina. E justamente por esse motivo, essas doenças fazem parte da campanha Fevereiro Roxo, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de um diagnóstico precoce e correto dessas doenças, que afetam fisicamente e psicologicamente seus portadores e familiares.
A forma mais comum de demência que conhecemos hoje em dia é o Alzheimer. O Alzheimer é uma doença degenerativa, incurável, que possui uma longa e lenta progressão, mas que pode e deve ser tratada. Ela causa perda nas funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem) no indivíduo, tendo uma maior incidência em idosos. Os motivos que levam ao seu desenvolvimento ainda são desconhecidos, mas sabemos que ela ocorre devido às lesões causadas no cérebro.
Em um cérebro com Alzheimer podemos observar uma redução do córtex, a sua camada mais superficial. Essa região é responsável pelos pensamentos, planos e lembranças. O hipocampo é a região mais gravemente atingida devido a esse encolhimento, comprometendo a formação de novas lembranças no indivíduo. A quantidade de células nervosas e de sinapses (ligação entre elas) são bem menores, se comparadas a um cérebro saudável.
O processo da doença pode ser dividido em três fases e em cada fase o cérebro é afetado de forma diferente, como podemos ver a seguir:
- Inicial (estágio I ou estágio leve): nos estágios iniciais da doença, ainda indetectáveis pelos testes atuais, fragmentos de proteínas anormais (placas senis), se agrupam entre as células nervosas. As placas senis e os emaranhados neurofibrilares começam a se formar nas regiões do cérebro que afetam o aprendizado, a memória, o pensamento e o planejamento.
Nesse estágio, a pessoa começa a apresentar lapsos de memória de acontecimentos recentes. Começa, por exemplo, a ter problemas em lidar com suas finanças, planejamento ou organização de eventos, como aniversários, esquece algumas palavras, onde estacionou o carro, tem dificuldade de atenção etc.
- Moderada (estágio II ou intermediário): a quantidade de placas senis e emaranhados aumentam nas regiões responsáveis pela memória, pensamento, planejamento, fala e compreensão de discurso e percepção de onde o corpo está em relação aos objetos ao seu redor.
Aqui, a memória e o pensamento do indivíduo são afetados ao ponto de interferir em seu trabalho e em sua vida pessoal, já podendo encontrar dificuldade em realizar atividades diárias, como tomar banho, comer e se vestir de forma independente. A pessoa pode passar por alterações em seu comportamento e personalidade, podendo já não reconhecer alguns familiares e amigos e objetos pessoais, preservando somente informações antigas.
A maioria dos diagnósticos da doença são realizados nesse estágio.
- Grave (estágio III ou estágio avançado): nesse estágio, o córtex está amplamente danificado. O cérebro se encontra bem reduzido de tamanho em toda sua extensão. Há um agravamento drástico em todas as funções cognitivas do indivíduo, levando ao acamamento da pessoa, na maioria dos casos. A pessoa perde a capacidade de comunicação, do reconhecimento de familiares e amigos e do autocuidado.
Como dito anteriormente, o Alzheimer não tem cura, mas há tratamentos para retardar a progressão da doença. Um especialista pode indicar a melhor forma de moderar os sintomas, através de medicamento e até mesmo medidas que estimulem a mente e cognição do paciente, como atividade física, leitura, jogos etc. Tudo para que a pessoa tenha a melhor qualidade de vida possível durante esse período. Como o próprio lema da iniciativa diz: “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto”.
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Fonte:
https://www.alz.org/brain_portuguese/09.asp
http://www.saude.df.gov.br/fevereiro-roxo-conscientiza-sobre-alzheimer-lupus-e-fibromialgia/
https://amb.org.br/noticias/fevereiro-roxo/
http://www.institutoalzheimerbrasil.org.br/fases-da-doenca/