A origem do nome HPV é inglesa (Human Papillomavirus), em português traduzido para “Papiloma vírus humano” e considerado um vírus, que pode causar verrugas ou lesões precursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus.
A principal maneira de transmissão do vírus é o contato pele com pele, sendo considerado doença sexualmente transmissível, pois muitas vezes o vírus está presente no primeiro contato sexual, podendo haver contaminação do vírus em 1 a cada 10 relações sexuais.
Existem mais de 200 tipos de HPV, e 150 deles já foram identificados e sequenciados geneticamente. Entre esses tipos identificados, apenas 14 deles podem causar lesões precursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. Em torno de 70% dessas lesões são causadas pelos HPVs tipo 16 e 18, enquanto o HPV 31, 33, 45 e outros tipos menos comuns são encontrados nos casos restantes.
Já os HPVs dos tipos 6 e 11 são bastante comuns em mulheres, mas causam apenas verrugas genitais.
A tipagem do HPV é detectada através de dois tipos de exames: o teste genético PCR e o teste de captura híbrida. Estes podem trazer informações como o tipo, a carga viral ou até se o HPV é ou não oncogênico, ou seja, podendo evoluir para um câncer.
Nos dias atuais, 90% da população já teve contato com o vírus alguma vez na vida, e não desenvolveram lesões ou manifestações clínicas, conseguindo eliminar o vírus do organismo naturalmente.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital e genital-genital, embora de forma mais rara, o HPV pode ser transmitido durante o parto ou, ainda, por determinados objetos.
É possível prevenir a doença em 100% dos casos quando o exame preventivo de “Papanicolau” ou “Citopatológico” é feito de forma periódica, podendo detectar lesões precursoras que antecedem o câncer, sendo assim identificadas e tratadas.
A vacina de HPV foi incluída no Calendário Nacional de Imunização do Ministério da Saúde em 2014. A vacinação é voltada para meninos com idades entre 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos.
Homens e mulheres de 9 a 26 anos, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos de 9 a 26 anos também fazem parte do público-alvo da vacina. Os serviços que atendem essa população devem ofertar a vacina HPV rotineiramente. Neles, é necessário aplicar três doses, com intervalo de dois e seis meses entre elas.