A gasometria arterial é um exame utilizado para o manejo de pacientes críticos, especialmente em ambientes como UTIs, emergências e centros cirúrgicos. Ela fornece, em tempo real, dados sobre o pH sanguíneo, a pressão parcial de oxigênio (PaO₂) e dióxido de carbono (PaCO₂), além da saturação de oxigênio (SaO₂). Esses parâmetros são indispensáveis para avaliar a ventilação alveolar, o estado de oxigenação e o equilíbrio ácido-base do organismo.
Além das doenças respiratórias agudas e crônicas, como DPOC e insuficiência respiratória, a gasometria auxilia na detecção de distúrbios metabólicos, renais e na monitorização da eficácia de terapias que impactam o equilíbrio ácido-base. Embora a gasometria venosa seja utilizada em situações específicas, a arterial continua sendo o padrão-ouro por sua maior precisão, principalmente para avaliar a PaO₂.
A escolha dos dispositivos corretos para a realização da gasometria é essencial para garantir a fidelidade dos resultados e um monitoramento clínico eficaz. Continue a leitura e descubra como o uso de recursos apropriados impacta diretamente na precisão diagnóstica.
A influência da coleta na confiabilidade dos resultados
A qualidade da coleta é determinante para a acurácia da gasometria. Erros pré-analíticos são os mais comuns e incluem a presença de bolhas de ar, atrasos na análise e uso de anticoagulantes inadequados. A entrada de ar, por exemplo, pode falsear a PaO₂, enquanto atrasos superiores a 15–30 minutos podem alterar significativamente o pH e as pressões parciais de gases.
Interferências analíticas também devem ser consideradas: leucocitose pode causar hipoxemia espúria, hipoalbuminemia leva à alcalose espúria, e condições como hemólise, lipemia e icterícia ainda desafiam a detecção automatizada por analisadores modernos. Adicionalmente, a temperatura corporal do paciente pode influenciar os valores obtidos, exigindo correções matemáticas específicas como o método alpha-stat.
Nesse contexto, o uso de uma seringa apropriada é essencial para minimizar variáveis técnicas que afetam o exame.
Seringa de gasometria Laborcare®: precisão desde o primeiro contato
A Seringa de Gasometria Laborcare® foi desenvolvida para suprir as exigências da coleta em ambientes clínicos de alta complexidade. Produzida com polipropileno de alta resistência térmica, conta com corpo transparente para fácil visualização da amostra, sistema de vedação hermética com tampa ou oclusor e bico Luer Lock padrão, promovendo compatibilidade com diferentes dispositivos de coleta.
Seu principal diferencial técnico é a heparinização interna com heparina de lítio balanceada com cálcio, em concentração exata de 80 UI. Essa formulação é indicada especificamente para gasometria, pois evita a coagulação sem alterar os níveis de eletrólitos ou comprometer o pH e a estabilidade dos gases. O método de aplicação por jato líquido assegura distribuição homogênea do anticoagulante, prevenindo a hemodiluição e facilitando o preparo da amostra para análise imediata.
Aplicações práticas e protocolos de uso seguro
Indicada para gasometrias arteriais e venosas, a Seringa Laborcare® pode ser utilizada em diferentes abordagens, de acordo com a necessidade clínica. Na coleta arterial, é preferencialmente aplicada em punções na artéria radial, mas também pode ser usada nas artérias braquial ou femoral. Já a coleta venosa, com indicações mais restritas, é realizada em veias periféricas ou cateteres centrais.
Para garantir a validade da amostra, recomenda-se que a análise seja realizada até 15 minutos após a coleta. Quando isso não for possível, a amostra deve ser imediatamente refrigerada e analisada em no máximo 30 minutos.
Após a coleta, é necessário eliminar bolhas de ar, homogeneizar o conteúdo por pelo menos cinco segundos com rotação e inversão da seringa, e tampar o dispositivo adequadamente para evitar perdas gasosas. Essas etapas, associadas ao uso de uma seringa de alta qualidade, são fundamentais para evitar falhas pré-analíticas e garantir resultados confiáveis.
Mais controle e confiabilidade nos exames críticos
A seringa de gasometria Laborcare® alia tecnologia e segurança para oferecer excelência desde o momento da coleta. Com características que reduzem interferências analíticas e preservam a amostra, é uma ferramenta que contribui para instituições de saúde que valorizam a precisão diagnóstica.
Assim, ao garantir estes padrões de qualidade, reforçamos as boas práticas laboratoriais e assistenciais, importantes para ambientes clínicos de alta complexidade.
Quer saber mais sobre segurança na coleta e manejo de dispositivos críticos? Acesse nosso conteúdo sobre Boas práticas para o uso seguro da sonda de aspiração .
Referências:
Balzanelli MG, Distratis P, Lazzaro R, et al. The importance of arterial blood gas analysis as a systemic diagnosis approach in assessing and preventing chronic diseases, from emergency medicine to the daily practice. Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2023;27(23):11653-11663. doi:10.26355/eurrev_202312_34603
O’Connor TM, Barry PJ, Jahangir A, Finn C, Buckley BM, El-Gammal A. Comparison of arterial and venous blood gases and the effects of analysis delay and air contamination on arterial samples in patients with chronic obstructive pulmonary disease and healthy controls. Respiration. 2011;81(1):18-25. doi:10.1159/000281879
National Library of Medicine (US). MedlinePlus [Internet]. Arterial blood gas (ABG) test. Bethesda (MD): U.S. National Library of Medicine; [updated 2023].
