Entenda para que serve, qual é a melhor escolha para tornar o procedimento efetivo, correto e menos doloroso da caneta de insulina.
Nos dias atuais, as pessoas estão convivendo cada vez mais com diabetes, ou por meio de conhecidos diabéticos ou elas mesmas estão enfrentando essa doença. Nesse sentido, algumas opções de mercado foram criadas para tornar a prática de insulinoterapia menos traumática e menos dolorosa. Além disso, estudos comprovam que pessoas que convivem com diabetes, visitam sete vezes mais uma farmácia comunitária do que os consultórios dos seus médicos, ou seja, os profissionais dessas farmácias que indicarão o uso correto da agulha para esse paciente, devem estar preparados para orientá-lo de maneira correta.
As agulhas disponíveis para aplicação de insulina, tanto em seringa de insulina, como as agulhas para canetas de insulina, variam de 4 mm até 12,7 mm e a escolha correta do tamanho da agulha de insulina pode ser feita de acordo com a faixa etária e o perfil físico de cada paciente.
As agulhas de 4, 6 e 8 mm são indicadas para adultos, adolescentes e crianças, independentemente do porte físico, com exceção da agulha de 12 mm, que são indicadas para adultos e obesos.
Quando o mercado recebeu as agulhas de 4 mm, evidenciou uma revolução para aqueles pacientes que fazem insulinoterapia recorrente, ou seja, com aplicações em vários momentos do dia, pois adotar esse tamanho de agulha conciliava à diminuição do processo doloroso da aplicação, isso por causa de seu tamanho e espessura em formato menor do que outras agulhas comercializadas. Porém, sua utilização necessita de dois cuidados especiais: o ângulo de aplicação deve estar em 90º e o cuidado no manuseio da retirada do lacre e o rosqueamento devem evitar entortar, pois ela é muito fina e pode prejudicar a aplicação da insulina.
O uso de agulhas longas, de 8 mm e 12 mm, por exemplo, aumenta o risco de uma aplicação intramuscular que promove uma absorção da insulina muito rápida, o que pode causar hipoglicemia (diminuição da quantidade normal de glicose no sangue). Para que esse risco não exista, o indivíduo deve se atentar à prega cutânea no momento da aplicação para que seja mais assertiva possível.
Por fim, o tecido percutâneo de uma pessoa varia entre uma pessoa e outra, assim como o local onde será aplicado. No caso de braços e coxas, há tecido menos espesso, ou seja, mais fino. Nessas regiões, deve-se ter cuidado para impedir a infiltração da insulina intramuscular. As agulhas menores são mais seguras, pois promovem mais efetividade na aplicação subcutânea, que é o tecido responsável por absorver gradualmente e consegue programar a insulina tecidual, que permitirá um controle mais rígido da glicemia.
SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes | Diretrizes 2017 – 2018