A varíola passou a ser um motivo de preocupação, devido a um surto da doença em algumas regiões do mundo. Quais são os sintomas, como se prevenir e evitar a transmissão do vírus, são alguns tópicos que abordaremos aqui.
Varíola dos macacos: o que é?
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, afetando os animais, mas que pode eventualmente infectar humanos. A doença acomete mais as regiões florestais Ocidentais e da África Central.
A varíola dos macacos é diferente daquela que acomete os humanos, já que a primeira possui letalidade menor do que a da varíola entre pessoas.
Apesar do nome do vírus a sua origem não começa nos macacos, ou seja, eles não criaram a doença. Ela foi apenas identificada nesses animais.
Sintomas
Os principais sintomas da varíola dos macacos podem se manifestar assim:
- Dor nos músculos;
- Dor de cabeça;
- Cansaço;
- Dor nas costas;
- Febre;
- Calafrios;
- Bolhas;
- Feridas na pele que coçam ou doem em várias partes do corpo (incluindo órgãos genitais).
Os sintomas aparecem entre 5 a 21 dias após o contato com o vírus, podendo durar de 14 a 21 dias. As bolhas dolorosas aparecem principalmente na palma das mãos, no rosto e na parte interna da boca.
A fonte da transmissão do vírus da varíola dos macacos para os humanos ainda não foi confirmada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, não se sabe qual a origem da infecção.
Portanto, médicos e especialistas se baseiam na evolução da infecção para determinar as fases da doença. Os fluidos corporais e outros materiais contaminados dão início à infecção e transmissão da varíola, até mesmo quando uma pessoa entrou em contato com algum animal infectado ou foi mordido por ele.
Tratamento
O paciente que apresenta os primeiros sintomas deve passar por um diagnóstico médico, para entender quais as principais fontes de infecção (geralmente feito por um infectologista ou clínico geral) e outras informações e coletas de exames, tais como:
- Sintomas;
- Tempo em que se manifestaram;
- Coleta da secreção presente nas bolhas e feridas;
- Teste PCR para se ter a certeza do vírus que está se manifestando ali.
O tratamento para a varíola dos macacos geralmente não é necessário realizar. Isso porque os sintomas costumam desaparecer dentro de algumas semanas. Mesmo assim, o médico pode receitar medicamentos para aliviar a dor ou coceira das feridas.
O protocolo médico inclui ainda (em casos confirmados) o isolamento do paciente justamente para evitar a transmissão do vírus para outras pessoas e assim ter início de novos focos de infecção.
Se o isolamento total não é possível, a pessoa infectada deve usar máscaras no rosto, separar os seus objetos pessoais do restante dos moradores em casa (toalhas, buchas de banho e sabonete, talheres, pratos, copos, etc.).
Lavar as mãos várias vezes ao dia também é crucial para evitar qualquer risco de transmissão do vírus.
Como evitar a transmissão da varíola dos macacos
Basicamente, o melhor é evitar o contato com animais silvestres, bem como o consumo de carnes onde não se conhece a procedência. Caso a pessoa já esteja com os sintomas da varíola, deve-se evitar tocar nas bolhas ou feridas no corpo, bem como estar em contato com objetos e roupas do paciente.
Assim, manter a higienização de objetos, roupas e alimentos é essencial para evitar essa, e outras doenças altamente transmissíveis.
Existe vacina para a varíola dos macacos?
A vacina contra a varíola em humanos pode ser aplicada para imunizar contra a dos macacos, porém, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é necessário que ela seja administrada após o quarto dia de exposição ao vírus (evitando a manifestação da doença) ou em pessoas que trabalham em áreas de risco.
Como está a manifestação da varíola dos macacos no Brasil e no mundo?
No início de 2022 (mês de maio), a OMS já alertou sobre o número de casos da doença que chegou a 131 confirmados, contra 106 suspeitos da doença. Alguns casos foram confirmados no Brasil e especialistas estão monitorando os pacientes bem como a evolução da doença.
Ao todo, foram confirmados 76 casos de varíola dos macacos no Brasil nos seguintes Estados:
- São Paulo: 52 casos
- Rio de Janeiro: 16 pessoas
- Ceará: 2 casos
- Distrito Federal: 1 caso
- Rio Grande do Norte: 1 caso
- Minas Gerais: 2 casos
- Rio Grande do Sul: 2 casos
O conhecimento sobre os vírus bem como o tratamento e a vacinação como forma de prevenção das doenças, ajuda e muito a vivermos em sociedade de forma equilibrada e saudável.
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