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Nem todo jejum é de 12 horas

Iniciou-se há 2 anos uma discussão no setor médico-laboratorial, com sugestões no sentido de que os procedimentos laboratoriais pudessem ser realizados a qualquer momento, indiferentemente da situação alimentar do paciente.
Nem todo jejum é de 12 horas
Nem todo jejum é de 12 horas

Iniciou-se há dois anos uma discussão no setor médico-laboratorial, com sugestões no sentido de que os procedimentos laboratoriais pudessem ser realizados a qualquer momento, indiferentemente da situação alimentar do paciente.

Todos os laboratórios clínicos brasileiros já podem aderir às novas recomendações do Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico, que dispensa a necessidade de jejum de 12 horas para exames do perfil lipídico: colesterol total (CT), LDL‐C, HDL‐C, não‐HDL‐ C e triglicérides (TG).

A nova recomendação foi elaborada em conjunto com as Sociedades Brasileiras de Cardiologia (SBPC/ML) e o Departamento de Aterosclerose (SBC/DA), de Análises Clínicas (SBAC), de Diabetes (SBD) e de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

O médico é o responsável por avaliar os casos de necessidade do jejum prolongado, em especial aos pacientes com concentração de triglicérides acima de 440 mg/dL, tendo como base o nível desejável até 175 mg/dL, podendo ser feita outra prescrição ao paciente, se o médico assim decidir, para uma reavaliação da Transaminase Glutâmico (TG), com o jejum de 12 horas.

Há consensos para evidenciar as motivações para a não obrigatoriedade do jejum, sendo o maior deles, provavelmente, o avanço de novas metodologias diagnósticas.

Esta flexibilização traz benefícios mútuos para laboratórios e pacientes:

  1. No caso dos laboratórios, será a otimização do fluxo de atendimento devido à redução da concentração, em especial, no início das manhãs.
  1. Para o paciente, a flexibilização e o seu entendimento evitará que os pacientes diabéticos, gestantes, crianças e idosos tenham risco de uma hipoglicemia devido ao jejum prolongado.

Em outros países, esta prática da flexibilização já é realidade. Para isso, as Sociedades Médico-Laboratoriais estão detalhando essas recomendações para o atendimento de pacientes com intenção de facilitar esta transição junto aos laboratórios de análises clínicas no Brasil.

É importante que os laboratórios sigam as orientações quando o médico indicar o tempo específico de jejum para o exame requerido.

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