Amplamente utilizado na realização do hemograma, o contador de células sanguíneas é uma ferramenta importante para a rotina dos laboratórios clínicos. Esse equipamento permite a análise detalhada de componentes celulares do sangue com agilidade e precisão.
Na prática, seu uso está diretamente relacionado à melhoria da qualidade do diagnóstico, pois possibilita a detecção precoce de alterações hematológicas que indicam doenças como infecções, anemias, leucemias e outras condições sistêmicas.
Embora os avanços tecnológicos tenham promovido o desenvolvimento de equipamentos automatizados capazes de realizar a contagem e a classificação das células sanguíneas com base em princípios ópticos e elétricos, a contagem manual ainda desempenha um papel complementar importante na rotina laboratorial.

Acompanhe o conteúdo de hoje e entenda por que, mesmo com os avanços da automação, o método manual de contagem de células ainda oferece vantagens clínicas relevantes em determinadas situações diagnósticas.
Aplicações clínicas da contagem celular no diagnóstico
A principal aplicação do contador de células está no diagnóstico de distúrbios hematológicos, infecciosos e inflamatórios. No caso das anemias, o hemograma permite identificar diferentes subtipos, como a anemia ferropriva, a anemia megaloblástica e a anemia hemolítica, a partir da análise de parâmetros como volume corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) e morfologia das hemácias.
Na identificação de infecções, alterações na contagem e no tipo de leucócitos ajudam a distinguir entre infecções bacterianas, virais e parasitárias. Um aumento significativo de neutrófilos, por exemplo, pode indicar uma infecção bacteriana aguda, enquanto a linfocitose costuma estar associada a infecções virais. Já os eosinófilos aumentados são frequentemente encontrados em infecções parasitárias ou em processos alérgicos.
A contagem de leucócitos também é importante no diagnóstico e acompanhamento de doenças onco-hematológicas, como a leucemia e o linfoma. Na leucemia linfoblástica aguda (LLA), uma das formas mais agressivas de câncer sanguíneo, a análise morfológica pode revelar a presença de blastos no sangue periférico. Além disso, outras alterações celulares observadas no esfregaço, como a presença de neutrófilos hipolobulados ou eritrócitos displásicos, podem indicar síndromes mielodisplásicas, frequentemente associadas a mutações genéticas como a do gene SF3B1.
O papel dos contadores manuais: precisão em situações específicas
Embora os contadores automáticos tenham se tornado padrão em laboratórios de médio e grande porte, os contadores manuais ainda desempenham bem em diversos contextos clínicos. Em especial, são utilizados para a verificação de resultados automatizados suspeitos, para análise morfológica mais detalhada e em laboratórios com infraestrutura limitada, como unidades de saúde remotas, hospitais de campanha ou regiões com acesso restrito à tecnologia.
O método manual, realizado com auxílio de câmara de Neubauer e microscopia óptica, permite uma observação mais próxima da morfologia das células sanguíneas. Essa análise detalhada é particularmente útil para detectar alterações celulares sutis, que podem escapar à triagem automatizada. A leitura manual, no entanto, exige um profissional treinado, pois está sujeita à variabilidade técnica e requer mais tempo de análise.
Do ponto de vista clínico, o uso do contador manual também é relevante na avaliação de líquidos corporais distintos do sangue, como líquido cefalorraquidiano (líquor), fluido pleural ou líquido sinovial, onde o número de células é reduzido e a análise automatizada pode não ser sensível o suficiente.
O contador como aliado do diagnóstico moderno
O contador de células sanguíneas, seja manual ou automatizado, permanece como um dos focos da medicina laboratorial. Sua aplicação vai além da simples quantificação celular, sendo importante para a detecção de alterações morfológicas e a identificação de doenças potencialmente graves. Por outro lado, com a automatização, o processo diagnóstico se torna mais rápido, seguro e eficaz, permitindo um cuidado clínico mais direcionado e assertivo.
Investir em tecnologia de qualidade é um passo importante para qualquer laboratório que busca excelência em diagnóstico.
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Referências:
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Bills MV, Nguyen BT, Yoon JY. Simplified White Blood Cell Differential: An Inexpensive, Smartphone- and Paper-Based Blood Cell Count. IEEE Sens J. 2019;19(18):7822-7828. doi:10.1109/jsen.2019.2920235