Bunzl Saúde agora é Labor - Health Supply

Fases analíticas: Como garantir diagnósticos precisos?

A precisão dos exames laboratoriais depende diretamente da qualidade em cada uma das três fases do processo analítico: pré-analítica, analítica e pós-analítica. Erros em qualquer uma dessas etapas pode comprometer os resultados, levando a diagnósticos equivocados e decisões clínicas inadequadas. 

No conteúdo de hoje, abordamos sobre o que são as fases analíticas, a importância de cada uma e por que são tão fundamentais para um diagnóstico confiável. Continue a leitura para se aprofundar no tema! 

O que são as fases analíticas e por que são fundamentais?

De modo geral, a fase pré-analítica abrange todas as etapas antes da realização do exame, incluindo a solicitação médica, a coleta, o armazenamento e o transporte da amostra. Já a fase analítica é o momento em que a análise laboratorial propriamente dita ocorre, sendo essencial garantir a padronização e calibração dos equipamentos para evitar imprecisões. A fase pós-analítica, por sua vez, envolve a validação e interpretação dos resultados, além da sua comunicação ao profissional de saúde responsável pelo paciente. 

Cada uma dessas etapas são importantes para a confiabilidade dos exames, tornando essencial o controle de qualidade em todo o processo laboratorial. 

Principais erros em cada fase e como evitá-los

Sabemos que pequenos deslizes no fluxo de um exame podem gerar inconsistências nos resultados, prejudicando a conduta clínica. Para minimizar esses riscos, é importante compreender os principais erros em cada fase do processo: 

  • Na fase pré-analítica, os erros mais frequentes envolvem a coleta inadequada da amostra, o armazenamento incorreto e falhas na identificação do paciente. Para minimizá-los, é essencial adotar protocolos rigorosos de identificação, garantir condições adequadas de armazenamento e investir no treinamento contínuo da equipe responsável pela coleta. Além disso, a orientação clara ao paciente sobre os cuidados pré-exame é fundamental para evitar interferências nos resultados e assegurar a precisão diagnóstica. 
     
  • A fase analítica, considerada o núcleo do laboratório clínico, exige precisão e exatidão nos testes. Erros nesta etapa podem ocorrer devido à calibração inadequada dos equipamentos, reagentes vencidos ou baixa padronização dos métodos utilizados. Para evitar essas inconsistências, os laboratórios devem seguir padrões rigorosos de controle de qualidade, com calibração frequente e validação dos métodos analíticos. 
     
  • Por fim, a fase pós-analítica pode apresentar erros relacionados à interpretação equivocada dos resultados ou à comunicação inadequada com os médicos solicitantes. Para garantir um diagnóstico confiável, é fundamental que os laboratórios adotem sistemas padronizados de emissão de laudos e ofereçam suporte técnico aos profissionais de saúde. 

O papel dos insumos laboratoriais na precisão dos exames

A qualidade dos insumos utilizados em exames laboratoriais têm impacto direto na confiabilidade dos resultados. Equipamentos bem calibrados, reagentes de alta qualidade e testes rápidos eficientes são fatores importantes para evitar erros analíticos e garantir diagnósticos precisos. 

Por isso, a escolha de reagentes padronizados e validados por órgãos reguladores reduz a variabilidade analítica entre diferentes laboratórios, garantindo maior comparabilidade dos resultados. Além disso, a utilização de materiais e dispositivos adequados para a coleta e armazenamento das amostras minimiza interferências externas e preserva a integridade dos exames. 

Outro aspecto para a precisão diagnóstica é a harmonização dos testes laboratoriais, permitindo que os resultados sejam interpretados de maneira uniforme em diferentes instituições de saúde. Desta forma, a adoção de padrões internacionais e a participação em programas de controle externo de qualidade contribuem significativamente para essa uniformização. 

Boas práticas para garantir qualidade e segurança nos laboratórios

A capacitação contínua dos profissionais envolvidos no fluxo laboratorial é um dos principais pilares para minimizar erros. Além disso, a implementação de protocolos padronizados para coleta, armazenamento e transporte das amostras reduz falhas e assegura a qualidade dos exames desde a fase pré-analítica. 

Outro fator é o monitoramento constante da fase analítica, com calibração regular dos equipamentos e validação dos métodos utilizados. Já na fase pós-analítica, a padronização dos laudos laboratoriais e a comunicação clara dos resultados são indispensáveis para evitar equívocos na interpretação dos exames. 

Por fim, a adesão a programas de acreditação laboratorial pode fortalecer a confiabilidade dos processos, garantindo que os laboratórios operem dentro dos mais altos padrões de qualidade e segurança. Investir em insumos laboratoriais de qualidade, treinamento contínuo da equipe e adoção de protocolos padronizados são medidas fundamentais para assegurar exames confiáveis.  

No que tange ao investimento em insumos de qualidade, a Labor Health Supply oferece soluções que auxiliam os laboratórios a manterem padrões elevados de qualidade, contribuindo para diagnósticos mais seguros e eficazes.  

Mantenha-se atualizado com as principais novidades da área da saúde! Acesse o  Blog da Labor – Health Supply e aprimore sua prática profissional com conteúdos especializados. 

Referências: 

Plebani M. Towards a new paradigm in laboratory medicine: the five rights. Clin Chem Lab Med. 2016;54(12):1881-1891. doi:10.1515/cclm-2016-0848 

Najat D. Prevalence of Pre-Analytical Errors in Clinical Chemistry Diagnostic Labs in Sulaimani City of Iraqi Kurdistan. PLoS One. 2017;12(1):e0170211. Published 2017 Jan 20. doi:10.1371/journal.pone.0170211 

Pickering JW, Kavsak P, Christenson RH, et al. Determination of Clinically Acceptable Analytical Variation of Cardiac Troponin at Decision Thresholds. Clin Chem. 2024;70(7):967-977. doi:10.1093/clinchem/hvae059 

Loh TP, Markus C, Lim CY. Impact of analytical imprecision and bias on patient classification. Am J Clin Pathol. 2024;161(1):4-8. doi:10.1093/ajcp/aqad115 

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigo anterior

Quais são os cuidados essenciais na menopausa?

Próximo artigo

Diagnóstico de intolerância à glicose