Erros pré-analíticos e analíticos são comuns dentro do âmbito laboratorial; e, em média, 70% desses erros são acometidos por falta de atenção entre os profissionais que não seguem os manuais e os protocolos de atendimento e coleta padronizados universalmente. Nesse processo de erros pode acontecer contaminação, identificação incorreta da amostra, cadastro errado do paciente, amostra colhida em tubo trocado, ou até mesmo troca de pacientes durante a coleta.
Investir em tecnologia na gestão requer um maior entendimento sobre a problemática e a deficiência da instituição. Apesar do comprometimento com a segurança ser uma prioridade nos serviços de saúde, infelizmente os profissionais são os maiores responsáveis pelos riscos associados à saúde.
Para que esses riscos sejam reduzidos, é necessário que o laboratório esteja atento à gestão da equipe e aos processos protocolados na instituição assistencial. É corriqueiro o investimento em atualização por meio da aquisição de equipamentos, mas nem sempre há investimento em pessoas e a correta capacitação para os profissionais, postura fundamental para alcançar níveis altos de excelência e qualidade em relação aos resultados.
Os processos devem ser padronizados e implementados, e os resultados monitorados para verificar sua eficácia. Se as metas e os objetivos não forem alcançados, as causas do problema devem ser investigadas, e ações de melhoria realizadas a fim de prevenir erros entre outros acontecimentos não positivos para empresa.
LEIA MAIS: Dica para evitar erro pré-analítico
Além disso, proporcionar a redução de custos em um laboratório requer investimento em tecnologia, sendo que a relação do ciclo de diminuição de custos, que envolve: padronização, níveis baixos de recoleta, desperdícios de materiais, profissionais capacitados e até mesmo o interfaciamento para automação para tornar uma vantagem competitiva frente à inúmeros laboratórios que não eficiência e eficácia no atendimento juntamente à redução de erros, são os principais.
Por fim, visando a segurança, os profissionais de saúde precisam encorajar o paciente a abandonar o papel passivo para atuar na gestão dos riscos, conferindo a identificação das amostras, a adesão ao protocolo de higienização de mãos, checando os dados de seu cadastro, entre outras observações que perceba estarem ou não de acordo e questionar. É um trabalho árduo e continuado, mas quando se tem uma equipe em prol da melhoria tudo fica, com certeza, muito mais suave para esses acontecimentos se tornarem corriqueiros, sem o peso da obrigatoriedade.
Referências:
- Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (2016)
- Tendências em medicina laboratorial (2014)
- IV SINGEP – Simpósio Internacional de Gestão de Projetos, Inovação e Sustentabilidade (2015)