Com mais de 15 anos de experiência como gestora na área comercial, já vivenciei com outros colegas os diversos perfis de cargos em que a liderança ou a chefia tem dificuldade em se aperfeiçoar ao comportamento mais adequado e romper conflitos.
O termo “chefe”, mais antigo, é usado com mais frequência quando nomeamos algum gestor que acha que merece um pouco mais de respeito, um comportamento mais contido, alguém mais sério por sua aparência. De todo modo, está cada vez mais escasso esse termo, sendo muito comum brincadeiras com a referência “chefe, só se for de índio”, pois pouco se manda alguém fazer alguma coisa. Precisamos lidar com a inspiração e a motivação das pessoas, então, cabe mais uma troca de favor do que uma simples ação imposta.
Os cargos em grandes empresas são ocupados por pessoas com experiência em gestão e vivência em todos os estágios de sua profissão. Se hoje a pessoa é um gestor comercial, e ele “não nasceu lá”, primeiro tem que ter sido vendedor, supervisor, consultor em todos os departamentos ligados à área, para depois chegar à gestão, assim saberá como agir e saberá qual é a melhor estratégia com a sua equipe, fora toda a performance para que suas ações sejam exemplo e sejam seguidas.
Novas oportunidades surgem todos os dias para profissionais que almejam o cargo de gestão, mas tem que estar mais aberto à nova filosofia de liderança, na qual deve existir um bom exemplo para ser seguido como líder. Não é tão fácil exigir ou corrigir, tem que saber o que é possível e o que está errado, é um cargo que exigirá habilidades para planejar e aguentar firme a pressão do desafio.
Liderança é muito mais que ocupar um cargo intermediário, entre o administrador e os demais funcionários, tem que saber como falar, o que falar e qual a ação imediata que provocará a sua atitude. Algumas falhas grosseiras podem ser a medida pela qual será interpretada a sua carreira.
Tive sorte em ter bons líderes e chefes vorazes, pois hoje promovo minhas atitudes pensando em como gostaria que o meu líder me tratasse ou respiro e evito atitudes grosseiras, para amenizar conflitos e gerenciar apenas discussões construtivas.
Dica para quem chegou agora na gestão: vá devagar. “Ouvir” talvez seja o melhor caminho, o tom e o controle do timbre de voz também ajudará muito. A palavra “não” é negativa de qualquer forma, gritando ou apenas mexendo a cabeça, opte pela melhor pronúncia.
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