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Entenda sobre o reforço da vacina contra Covid-19

O Ministério da Saúde anunciou na última terça-feira (16) que vai aplicar uma dose de reforço de vacina contra a Covid-19 para todos os adultos com mais de 18 anos. O governo também divulgou que imunizados com a vacina da Janssen devem receber duas novas aplicações.

O Ministério da Saúde anunciou na última terça-feira (16) que vai aplicar uma dose de reforço de vacina contra a Covid-19 para todos os adultos com mais de 18 anos. O governo também divulgou que imunizados com a vacina da Janssen devem receber duas novas aplicações.

Vacina contra Covid-19

1. Quem pode tomar a dose de reforço?

A dose de reforço está aprovada para todas as pessoas com mais de 18 anos. A recomendação vale para todos os imunizantes usados na campanha: Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen. No caso dos vacinados com a Janssen, são duas doses previstas.

2. Quais os intervalos mínimos para a dose de reforço?

A dose de reforço para quem tomou Pfizer, CoronaVac e AstraZenaca estará disponível cinco meses após o cidadão ter completado o esquema vacinal. “Acima de cinco meses da segunda dose, independentemente da idade, já se pode buscar a sala de imunização”, disse Marcelo Queiroga.

Vacinados com a Janssen (que foi aprovada e registrada como uma vacina de dose única) deverão tomar uma nova dose dois meses depois da pimeira. E, cinco meses depois desta segunda aplicação, poderão tomar outra dose de reforço como previsto para todas as demais vacinas em aplicação no Brasil.

3. Quando estados e municípios começam a aplicar o reforço?

A medida já está em vigor, mas a aplicação da vacina vai depender dos estados e municípios.

Nesta terça (16), o Ministério informou que a pasta vai começar a distribuir as doses da Janssen a partir da próxima sexta-feira (19). O governo também prevê divulgar aos gestores uma Nota Técnica para esclarecer eventuais dúvidas.

4. No caso do reforço, posso receber a mesma vacina usada no esquema vacinal?

Pode, mas o ideal é fazer um mix de vacina. Segundo o Ministério da Saúde, a ideia é que a vacinação seja feita de forma heteróloga, ou seja, com uma vacina diferente daquela aplicada na imunização primária.

Para quem tomou Pfizer, o ministério diz que ainda está decidindo qual será a dose de reforço. “Há aqueles que defendem que deve ser a mesma vacina, no caso da Pfizer. Mas isso ainda não é consolidado na ciência. (…) Como a vacina da Pfizer começou no Brasil em abril, ainda não está no tempo de aplicar esse reforço em quem tomou Pfizer, mas esperamos ter informações concretas a esse respeito em um curto espaço de tempo” explicou Queiroga.

Novamente, no caso da Janssen, há particularidades: primeiro está prevista uma aplicação extra da mesma marca para, só depois, na terceira aplicação, ser liberada a utilização de uma vacina de outro fabricante, a chamada vacinação heteróloga.

5. A segunda aplicação da Janssen significa dose de reforço?

Durante a entrevista, Queiroga afirmou que, antes de receber a dose de reforço, as pessoas precisam receber uma “segunda dose” da Janssen. O uso do tempo “segunda dose” feito pelo ministro pode ser motivo de confusão: tecnicamente, a 2ª dose é parte do esquema vacinal proposto nos estudos e aprovado pela Anvisa. O esquema vacinal de Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac previam duas doses.

Em nota, a Anvisa reforçou que há diferenças entre “esquema vacinal previsto em bula” e “estratégia de vacinação e reforço”.

“O esquema previsto em bula e aprovado pela Anvisa (quantidade de doses e intervalos) indica a forma de uso da vacina que, segundo os estudos, produzem os melhores resultados de imunização. Já a estratégia de vacinação e reforço é uma decisão da autoridade de saúde (MS) sobre como determinado imunizante será aplicado na população de forma a se obter a melhor cobertura vacinal, e as estratégias de monitoramento das reações adversas”, informou a Anvisa.

No caso da Janssen, a empresa não solicitou a inclusão de uma segunda dose em seu esquema vacinal, mas está em conversa com a Anvisa para esclarecimentos especificamente sobre a dose de reforço. Ou seja, por enquanto, o status de uma pessoa vacinada com a Janssen segue como “completamente imunizado” mesmo com apenas uma dose.

6. Quando vou poder tomar as doses de reforço da Janssen?

A (segunda) dose de reforço para quem tomou Janssen só vai estar liberada cinco meses depois da da aplicação do primeiro reforço. Neste momento, o ideal é usar uma vacina DIFERENTE na dose adicional, de acordo com o Ministério da Saúde.

7. Já há estudos sobre a necessidade de uma nova dose da Janssen?

Sim. Em setembro, a Johnson & Johnson disse que uma nova dose aumentou para 94% a eficácia da vacina contra formas graves e moderadas da Covid.

Segundo a empresa, o reforço administrado dois meses após a primeira dose aumentou os níveis de anticorpos de quatro a seis vezes. Quando administrado seis meses após a primeira dose, os níveis de anticorpos aumentaram doze vezes, sugerindo uma grande melhora na proteção com o intervalo mais longo entre as doses.

8. Temos doses disponíveis do imunizante?

Dados da projeção de entregas do ministério, atualizados no dia 10 de novembro, indicam a entrega de 7,7 milhões de doses do imunizante ainda neste mês e mais 28,4 milhões em dezembro.

A pasta vai começar a distribuir as doses da Janssen aos estados e municípios a partir da próxima sexta-feira (19).

9. Houve alteração na bula da vacina da Janssen?

Não. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Janssen não fez nenhuma solicitação para alterar o esquema vacinal previsto em bula.

“Até o momento, apenas a Pfizer solicitou alteração do esquema vacinal previsto em bula para a vacina Comirnaty. O atual esquema aprovado em bula prevê duas doses da vacina. O pedido apresentado à Anvisa prevê a aplicação de uma terceira dose. Este pedido está em análise e pendente de complementação de dados pelo laboratório para que a análise tenha prosseguimento”, informou a Anvisa.

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G1- Globo 

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