Estamos vivendo um momento complicado de pandemia, com milhares de mortes pelo mundo. E nós, ocidentais, normalmente não estamos bem preparados para lidarmos com a morte, seja por questão cultural ou religiosa. Mas podemos “aproveitar” o momento para conversar com nossos amigos e familiares sobre o nosso desejo de ser um doador de órgãos.
Neste sentido, para quebrar o tabu relacionado à doação de órgãos, foi criado o Dia Nacional de Doação de Órgãos (27 de setembro), que tem como objetivo a conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos.
Apesar do Brasil ser referência mundial na área de transplantes, ficando atrás apenas dos EUA (em números absolutos), conversar sobre o assunto com familiares e amigos é de extrema importância, pois em nosso país a doação de órgãos é feita mediante a autorização familiar.
Nos últimos cinco anos, o número de doares efetivos aumentou de 14,2 para 18,1 pmp (por milhão de população). Esse aumento é resultado no investimento de campanhas de conscientização da população e capacitação dos profissionais da saúde, mostrando o quão proveitoso e benéfico essas ações são.
Podemos ter dois tipos de doares: o doador vivo e o doador falecido. O doador vivo pode ser qualquer pessoa voluntária, desde que não prejudique sua saúde. Pode ter parentesco de até quarto grau, ou não ser parente mediante a autorização judicial. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Já os doadores falecidos são pacientes com a constatação de morte encefálica, podendo doar coração, pulmão, rim, fígado, pâncreas, córnea e tecidos.
Em julho desse ano, tínhamos na fila única de espera de transplante, por exemplo, 698 pessoas aguardando a doação de rim e 567 aguardando a doação de córnea. São pessoas que esperam um gesto nobre de alguém, diante de um momento tão difícil, porém necessário. Elas podem conquistar uma grande melhoria em sua qualidade de vida apenas através desse gesto de amor e solidariedade. “Hoje é com um desconhecido, mas amanhã pode ser com algum amigo, parente próximo ou até mesmo você. Doar órgãos é doar vida.”
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Fontes:
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-orgaos
http://www.saude.ba.gov.br/transplantes/lista-de-espera-para-transplante/
http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/RBT/2019/RBT-2019-completo.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2793-27-9-dia-nacional-da-doacao-de-orgaos-2
https://unidospelavida.org.br/doceorgaos/
