Maio Roxo representa a campanha voltada para a conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais. O objetivo da campanha é chamar a atenção da população para o tema, pois quando informada pode se prevenir para uma melhor qualidade de vida e compartilhar o conhecimento sobre o assunto. A DII (Doença Inflamatória Intestinal) não é tão conhecida, mas tem acometido crescentemente a população mundial. Mas, afinal, quem essa doença acomete? Há uma causa, diagnóstico precoce e tratamento?
É uma doença crônica que se manifesta por meio de lesões no intestino ou ao longo do sistema digestivo. Em casos mais graves ou avançados, essas lesões podem se transformar em úlceras e levar o paciente à internação ou à cirurgia. Os jovens são os mais afetados, mas os idosos com mais de 60 anos também devem ficar em alerta. É importante ressaltar que pessoas que tiveram familiares com essas doenças têm predisposição maior para desenvolvê-las.
As Doenças Inflamatórias Intestinais são um conjunto de sinais e sintomas que se manifestam, predominantemente, no cólon (parte do intestino cuja função é extrair água e sais minerais dos alimentos digeridos e as vitaminas K, B1 [tiamina] e B2 [riboflavina] que são produzidas pelas mais de 700 espécies de bactérias que vivem nele, a chamada flora intestinal).
Sintomas:
- Desconforto abdominal;
- Sensação de barriga estufada;
- Dor;
- Cólicas;
- Alternância entre períodos de diarreia e de prisão de ventre;
- Flatulência (gases) exagerada;
- Sensação de esvaziamento incompleto do intestino.
A ingestão de certos alimentos, como cafeína, álcool e comidas gordurosas podem piorar os sintomas.
As causas são incertas, mas as mais comuns são:
- Motilidade anormal do intestino delgado durante o jejum, contrações exageradas depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em resposta ao estresse;
- Hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal à falta de oxigênio, distensão, conteúdo fecal, infecção e às alterações psicológicas;
- Níveis elevados de neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo) no sangue e no intestino grosso;
- Infecções e processos inflamatórios;
- Depressão e ansiedade.
A DII não tem cura e seu tratamento visa a melhorar os sintomas, como: dor, prisão de ventre e diarreia. Normalmente, os pacientes precisam fazer mudanças na alimentação e no estilo de vida, além de usar medicamentos em fases mais intensas, que provoquem muito desconforto. O paciente pode passar longos períodos sem manifestações clínicas, mas o problema sempre pode retornar, tanto por distúrbios intestinais quanto por fatores emocionais.
Há muitas dúvidas sobre essas doenças, listamos algumas delas:
Doença de Crohn: é uma doença inflamatória que pode atingir da boca ao ânus. A maior parte do acometimento ocorre nos intestinos delgado e grosso. A doença se apresenta de forma espaçada e atinge camadas mais profundas.
Retocolite ulcerativa provoca úlceras (feridas) no intestino grosso e no reto, de forma a acometer a camada mais superficial da parede do intestino. Nesse caso, a lesão é contínua, não havendo áreas sem doença no meio de áreas inflamadas. Essas alterações são visualizadas principalmente através da colonoscopia, onde são realizadas biópsias e são analisadas por um médico patologista. Em cerca de 15% dos pacientes, não é possível em uma fase inicial, diferenciar as duas doenças chamando de forma indeterminada.
Tanto a Doença de Crohn quanto a Retocolite Ulcerativa aumentam significativamente o risco de câncer colorretal quando comparado com a população em geral, principalmente se não forem adequadamente tratadas.
As DIIs podem ser confundidas facilmente com outras doenças, como é o caso da Síndrome do Intestino Irritável, ela não é considerada uma doença inflamatória intestinal. A sua origem é desconhecida. Quando é necessária colonoscopia para diagnóstico diferencial, não apresenta alterações visíveis ou no histopatológico. Pode-se apresentar com dor abdominal ou diarreia (algumas vezes com pedaços de comida ou fezes arenosas).
Não é só o sistema digestivo que causa a DII, cerca de 10 a 35% dos pacientes podem ter manifestações extra intestinais, como comprometimento das articulações, da pele, hepatobiliar, oftalmológica, hematológica e influenciar no metabolismo ósseo.
As DIIs não são contagiosas e as causas ainda são difíceis de determinar. Apesar de não haver cura, os tratamentos viabilizam qualidade de vida aos pacientes.
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Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/3193-19-5-dia-mundial-da-doenca-inflamatoria-intestinal
https://www.efcca.org/en/projects/world-ibd-day-2020
https://www.rededorsaoluiz.com.br/instituto/idor/novidades/maio-roxo-mes-de-conscientizacao-sobre-doencas-infamatorias-do-intestino
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1793-maio-roxo-saiba-mais-sobre-as-doencas-inflamatorias-intestinais
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/releases/maio-roxo-alerta-para-as-doencas-inflamatorias-intestinais