A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, voltou a ser uma preocupação crescente em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.
De acordo com dados recentes, surtos da doença estão sendo registrados na Europa e na Ásia, o que reforça a necessidade de redobrarmos a atenção para sua prevenção e controle. No Brasil, o aumento no número de casos também acende um alerta, especialmente para a vacinação, que é a forma mais eficaz de prevenção.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, houve um crescimento significativo de casos no estado em 2024, culminando com 139 casos de coqueluche até 8 de junho, um aumento de 768,7% com relação ao ano anterior. No Rio de Janeiro, o aumento expressivo no número de casos da doença foi de 300%, com 240 casos registrados até o início de julho.
Com a preocupação global em alta, é essencial compreender o que é a coqueluche, seus sintomas, formas de transmissão e, principalmente, como preveni-la.
O que é coqueluche?
A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela afeta o sistema respiratório, principalmente em crianças, mas pode atingir indivíduos de todas as idades, especialmente os não vacinados.
Embora tenha sido controlada por muitos anos com a vacinação em larga escala, o relaxamento nas taxas de imunização, somado a outros fatores, contribuiu para o ressurgimento da doença em várias partes do mundo.
A coqueluche é particularmente perigosa para bebês e crianças pequenas de até 1 ano de idade, pois eles ainda não têm anticorpos para combater a infecção bacteriana. Assim sendo, a doença pode causar complicações graves, como pneumonia, convulsões e, em casos mais graves, levar à morte.
Por outro lado, em adultos e adolescentes, a doença pode se manifestar de forma mais leve, mas ainda assim é importante diagnosticar e tratar adequadamente para evitar a transmissão.
Principais sintomas
Os sintomas da coqueluche se manifestam em três estágios distintos, a saber:
1. Estágio catarral: este é o primeiro estágio, que dura de uma a duas semanas, e seus sintomas se assemelham aos de um resfriado comum, como coriza, espirros, febre leve e tosse moderada. É nesse estágio que a doença é mais contagiosa.
2. Estágio paroxístico: após o estágio inicial, a tosse se intensifica, tornando-se persistente e severa. Os acessos de tosse são caracterizados por episódios rápidos e curtos, seguidos de um som agudo ao inspirar. Essa fase pode durar de uma a seis semanas.
3. Estágio de convalescença: durante a recuperação, que pode levar meses, a tosse diminui gradualmente, mas infecções respiratórias secundárias podem ocorrer.
Como a coqueluche é transmitida?
A coqueluche é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. Isso significa que ao tossir, espirrar ou falar, a pessoa infectada pode liberar no ar pequenas gotículas contendo a bactéria Bordetella pertussis, que podem ser inaladas por outros.
Esse tipo de transmissão faz com que ambientes fechados ou superlotados, como escolas e creches, sejam locais propícios para a disseminação da doença.
Além disso, pessoas com sintomas leves ou assintomáticas ainda podem transmitir a coqueluche, o que torna a vacinação e o diagnóstico precoce essenciais para o controle da propagação.
Coqueluche: dicas de prevenção e cuidados
A prevenção da coqueluche é uma prioridade de saúde pública, e a vacinação é a principal medida preventiva.
No Brasil, a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche) faz parte do calendário de vacinação infantil. As doses são administradas em várias fases da infância, com reforços ao longo da vida.
A imunização de gestantes também é recomendada para proteger o bebê nos primeiros meses de vida, antes que ele possa receber as vacinas.
Além da vacinação, outras medidas preventivas e de cuidado incluem:
- Higiene respiratória, ou seja, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e lavar as mãos frequentemente pode reduzir a transmissão;
- A pessoa com coqueluche deve evitar frequentar locais públicos, como escolas ou trabalho, até que o tratamento tenha sido iniciado e não haja mais risco de transmissão;
- Uso de máscaras. Embora mais associado à prevenção de outras doenças respiratórias, o uso de máscaras pode ajudar a reduzir a disseminação da coqueluche, principalmente em surtos;
- Como a tosse persistente pode causar fadiga, é essencial manter-se hidratado e descansar adequadamente durante o tratamento;
- Crianças pequenas, bebês e pessoas com condições de saúde pré-existentes devem ser monitoradas de perto, uma vez que estão mais vulneráveis a complicações graves.
A importância da vacinação
A vacinação continua sendo a melhor estratégia para prevenir a coqueluche. Mesmo em um cenário onde surtos ocorrem, como o observado recentemente, a imunização massiva reduz significativamente a gravidade e a disseminação da doença.
No Brasil, a vacina contra a coqueluche está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e é altamente recomendada para todas as crianças, gestantes e profissionais da saúde. Além da disponibilidade na rede de saúde pública, também é possível garantir a imunização através da rede privada.
A vacina DTP, além de proteger contra a coqueluche, também previne o tétano e a difteria, doenças que igualmente podem ser fatais se não forem prevenidas. Os reforços da vacina são necessários para garantir a imunidade ao longo da vida, especialmente em épocas de surtos.
Conclusão
Como vimos neste artigo, a coqueluche é uma doença que, apesar de controlada por muitos anos, voltou a preocupar o Brasil e o mundo, principalmente devido à diminuição nas taxas de vacinação.
Conhecer os sintomas, as formas de transmissão e as maneiras de prevenção é essencial para conter a propagação da doença e proteger os mais vulneráveis. A vacinação continua sendo a medida mais eficaz, e o controle da coqueluche depende do compromisso de toda a sociedade em manter-se imunizada.
Para profissionais de saúde e instituições que atuam na linha de frente da prevenção, é essencial contar com suprimentos médicos adequados para garantir uma imunização segura e eficaz.
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