Em 1980, um britânico anestesista chamado Dr. Archie Brain idealizou e criou a Máscara Laríngea para induzir anestesia por um curto período de tempo em primeiro momento, mas conforme o decorrer e a evolução dos estudos, as tecnologias e a facilidade para ser utilizada em pacientes críticos, a Sociedade Norte Americana de Anestesiologia constatou que este produto poderia ser utilizado nos protocolos de vias aéreas de difícil acesso.
Em quais ocasiões a máscara laríngea é utilizada?
As indicações de uso da máscara laríngea são:
- sempre que a via aérea falhar ou apresentar dificuldade ou não ventilação e intubação do paciente;
- sempre que o profissional identificar que é necessário utilizar um dispositivo de resgate da via aérea, depois que esgotar todas as outras alternativas de ventilação do paciente.
Este dispositivo é SUPRAGLÓTICO, que significa ficar acima da epiglote, ou seja, não veda a traqueia; sendo assim, este dispositivo é indicado por pouco tempo de uso, pois não evita a broncoaspiração.
Quais os tipos de máscara laríngea existentes no mercado médico hospitalar?
Este produto é encontrado em embalagem de papel grau cirúrgico, confeccionada em um tubo flexível, com uma extremidade adaptável à hipofaringe do doente, possibilitando a ventilação imediata. O interessante deste produto é a sua fácil manipulação, porém, para cada tipo de situação, deve-se ter uma orientação própria.
O profissional deve estar atento às seguintes informações na embalagem do produto:
- Peso exato ou aproximado do paciente.
- Tamanho do “Cuff” ou balonete, para insuflar com segurança.
- Número da máscara laríngea para nortear o uso, neonatal, adulto ou pediátrico.
Estas informações são primordiais antes de utilizar no paciente, assim haverá mais segurança no procedimento executado pelo profissional.
No mercado, é possível encontrar dois tipos de máscaras laríngeas: as reutilizáveis e as descartáveis.
Como utilizar a máscara laríngea?
Para utilizar a máscara, o profissional deve estar paramentado adequadamente e seguir esses procedimentos:
- Abrir de acordo com o local de indicação da embalagem;
- Testar o “Cuff” ou balonete, identificando que não existe vazamento de ar que comprometa o uso do produto;
(Este procedimento pode ser feito com uma seringa de 20 mL, insuflando e desinflando, percebendo se existe ou não vazamento de ar.)
- Se o paciente não for vítima de trauma, deve-se hiperestender a região cervical do paciente para abrir e deslocar com mais facilidade a língua, desobstruindo a passagem da máscara laríngea; lubrificar com produto a base de água a parte posterior da máscara para facilitar a adaptação da máscara laríngea;
- Introduzir a máscara laríngea e, ao mesmo tempo, segurar a língua impedindo-a de fechar na hipofaringe de forma que progrida até perceber a resistência. Após, insuflar o “Cuff” ou balonete, conforme orientação do fabricante e número da máscara, fixar e ambuzar o paciente, testando e acompanhado a ventilação dele;
- A máscara deve ser acomodada na entrada do esôfago e logo abaixo da valécula, de frente à via aérea ventilando de forma eficaz o paciente.
Lembrando que se o profissional não tiver experiência e treinamento adequado deve-se evitar usar a máscara laríngea, pois este dispositivo é muito sério e mesmo que seja incrível e um facilitador, se não souber manipular, pode colocar em risco a vida do paciente.
Respeite os protocolos determinados por sua instituição.
Referências:
Protocolo de Suporte Básico à Vida [Ministério da Saúde] – Secretaria de Atenção à Saúde – SAS
Link: [https://www.smerp.com.br/anvisa/?ac=prodDetail&anvisaId=10369460205] – Máscara Laríngea Reutilizável Solidor