Imagine seu laboratório sem esse equipamento ou com ele quebrado! Quais são as consequências moral e financeira para um laboratório no momento de uma reconvocação de paciente para uma nova coleta?
A centrífuga é um equipamento de pequeno porte, comparado aos grandes equipamentos de Bioquímica e Hematologia; porém, esse equipamento tem extrema importância no processo pré-analítico. Uma boa centrífuga, com certeza, irá proporcionar uma amostra segura e com qualidade.
A centrifugação é um processo de separação em que uma amostra fluida é submetida a uma centrífuga a fim de se promover a separação dos componentes via sedimentação dos líquidos imiscíveis de diferentes densidades.
Existem diversos modelos de centrífugas para atender as necessidades e os variados procedimentos em laboratórios, hospitais, clínicas, indústrias e pesquisas. Alguns modelos são menores, outros maiores; analógicas ou digitais; rotação fixa ou variável; programáveis ou não; motores fabricados a carvão ou já modernos por indução; fabricadas em aço, ou em plástico e ferro; barulhentas ou silenciosas; nacionais ou importadas. Ufa… quanta coisa…. Enfim, são muitas as variações de um equipamento para outro.
Pensando em tudo isso, você deve estar se perguntando: Qual centrífuga devo comprar? Como vou escolher o equipamento ideal para o meu laboratório?
Pois é, isso gera muitas dúvidas na hora de trocar/substituir uma centrífuga, ou adquirir outras para novas unidades ou setores. Algumas observações são muito importantes e devem ser levadas em consideração na hora de escolher e comprar uma centrífuga.
Abaixo, segue algumas dicas importantes para ajudar você definir a sua compra.
Segurança: avaliar os itens de segurança da máquina, componentes de fabricação, aspecto físico, durabilidade, tampa com trava, função desbalanceamento, verificar se os pezinhos da centrífuga são aderentes à bancada, alerta de sinal sonoro, avaliar a qualidade dos porta tubos (famosas caçapas).
Capacidade: avaliar sua própria demanda de atendimento de pacientes e exames/dia (pequena/média/grande), verificar e questionar o vendedor sobre se o equipamento está preparado para suportar cada tipo de demanda e a rotina em unidade ou setores do laboratório. Na pós análise, definir o melhor modelo e a capacidade da centrífuga para atendê-lo.
Referências: questione quais clientes e parceiros a empresa fornece a centrífuga. Se possível, peça indicações e tenha referências. Nada melhor do que quem já comprou para avaliar. Verifique também a credibilidade da empresa, se possui reclamações, se está há muitos anos no mercado, se é uma empresa séria, sólida etc.
Nível de ruído e vibração: o equipamento deve ser silencioso, ter no máximo 70 dBA.
Garantia: o ideal e seguro para garantia de um equipamento é 1 ano.
Assistência técnica: fator muito importante, pois infelizmente existem empresas no mercado que são as chamadas “aventureiras”. Comercializam centrífugas fabricadas ou importadas, e quando há a necessidade de manutenção do equipamento, essas empresas não possuem assistência técnica permanente, as peças/componentes eletrônicos têm alto custo e são difíceis de encontrar, há grande variação cambial e demora na chegada das peças (no caso das importadas), e o pior, ser surpreendido com a empresa que lhe vendeu não fabricar ou não importar mais aquele modelo de centrífuga. Ou seja, o problema está em suas mãos para resolver.
Custo/Benefício: depois de tudo isso, vai ficar fácil você avaliar e comparar se o preço ofertado está justo e se atende sua necessidade e realidade.
Dica extra: não compre equipamentos apenas com esses pensamentos: “esse cabe no meu box de coleta ou bancada”, ou, “ai que bonitinho, adorei essa tampa de acrílico”, sem pensar na falta de segurança. Quem vai ficar olhando pela tampa o processo de centrifugação? Também não compre por ser o mais barato. Você irá se arrepender um dia, e pode ser que não demore.