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Ordem dos tubos na coleta de sangue

 
A coleta de sangue é um dos procedimentos mais comuns ao redor do mundo, comumente realizado em laboratórios, clínicas, hospitais e centros de saúde.

Embora seja um procedimento rotineiro, a coleta de sangue exige precisão e cuidados específicos para garantir que as amostras sejam adequadas para análise e proporcionem resultados confiáveis.

Entre os diversos aspectos críticos do procedimento, a ordem dos tubos de coleta é um dos mais importantes. A negligência nesse processo pode levar a erros significativos nos resultados dos exames, comprometendo diagnósticos e tratamentos. Neste artigo, você entenderá por que seguir a ordem correta dos tubos é essencial para a qualidade das análises laboratoriais e como isso pode impactar diretamente o diagnóstico e o tratamento dos pacientes. Acompanhe.
 

Entendendo a função dos tubos na coleta de sangue 

Os tubos para coleta de sangue contêm diferentes aditivos que preservam a amostra, impedem a coagulação ou permitem a separação de componentes específicos do sangue.

Cada tubo tem uma cor de tampa distinta que indica o tipo de aditivo presente e o propósito da amostra coletada, garantindo que elas sejam processadas corretamente e que os resultados sejam precisos. Vejamos a seguir:

Tubo de tampa azul (aditivo citrato de sódio): utilizado principalmente para testes de coagulação, como o tempo de protrombina (TP) e o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA). O citrato de sódio atua ligando-se ao cálcio no sangue, o que impede a ativação das vias de coagulação.  Dessa forma, o plasma pode ser isolado nos permitindo medir, por exemplo, o tempo de coagulação.

  • Tubo de tampa vermelha (ativador de coágulo): usado para testes de soro, incluindo química clínica e sorologia. Este tubo permite que o sangue coagule naturalmente, eliminando os fatores de coagulação, uma vez que estes são removidos durante a coagulação, permitindo a utilização apenas do soro resultante da centrifugação.
  • Tubo de tampa cinza (fluoreto de sódio + EDTA): tubo utilizado para testes de glicose, hemoglobina glicada e lactato. O fluoreto de sódio preserva a glicose ao inibir a glicólise, enquanto o EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético) atua preservando a morfologia celular.
  • Tubo de tampa amarela (gel separador + ativador de coágulo): usado para testes de soro semelhantes aos do tubo de tampa vermelha, mas o gel separador garante a separação permanente entre o soro e as células após a centrifugação. 
  • Tubo de tampa roxa ou lilás (EDTA): utilizado para hemograma, hemoglobina Glicada (HbA1c) e outros exames realizados em plasma sanguíneo.. O EDTA impede a coagulação ao quelar íons de cálcio, preservando a morfologia celular.
  • Tubo de tampa verde (heparina):

Atua inibindo a ação da trombina e outros fatores de coagulação e é utilizada para medição de eletrólitos no sangue, como sódio, potássio e cloreto. É mais utilizado na versão sódica mas também apresenta a versão com lítio, para estabilização e conservação do tubo.

  • Tubo de tampa branca (sem aditivo): Tubos sem aditivos que podem ou não ser livres de metais (trace). Servem para descarte, transporte ou testes que exigem retração de coágulos. e também para outros fluidos como o de Líquor (cefalorraquidiano) e outros líquidos.
  • Tubo de tampa azul marinho (trace): Tubos livres de metais com anticoagulante heparina ou EDTA utilizados para exames de dosagem de metais com o Cobre e o Zinco.
  • Tubo de tampa preta (VHS): Tubos contendo citrato de sódio e utilizados nas provas de velocidade de hemossedimentação.

Qual é a ordem dos tubos na coleta de sangue? 

A ordem correta dos tubos na coleta de sangue é essencial para evitar a contaminação cruzada entre os aditivos, o que pode comprometer os resultados dos testes laboratoriais.

O Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) estabelece as seguintes diretrizes e padrões reconhecidos internacionalmente para a sequência de coleta:

  1. Frascos de hemocultura: Necessitam ser coletados primeiro para evitar contaminação com anticoagulantes e aditivos de outros tubos. Tubo sem aditivos (tampa branca): Quando utilizado para análises e sorológicas coletar antes dos tubos com aditivos evita a contaminação com anticoagulantes. Pode também ser utilizado como tubo de descarte para coletas com escalpe onde o primeiro tubo colhido for citrato ou de volume reduzido, garantindo o preenchimento da tubulação do escalpe e assegurando a proporção sangue/anticoagulante.
  2. Tubo trace: Deve ser coletado como primeiro na ordem para não haver contaminação com metais pesados.
  3. Tubo de tampa azul ou preta (citrato de sódio): importante para testes de coagulação, coletado antes de outros tubos para evitar a contaminação com aditivos que afetam os fatores de coagulação;
  4. Tubo de tampa vermelha ou amarela (soro): Por conter ativador de coágulo estes tubos são coletados após os de tampa azul.
  5. Tubo de tampa verde (heparina): Por ser um anticoagulante natural, acaba causando menor interferência na sequencia e ao ser coletado após os tubos de soro  evita interferência na coagulação;
  6. Tubo de tampa roxa ou lilás (EDTA): coletado após os tubos de heparina para evitar a contaminação com EDTA, que pode interferir em outros testes;
  7. Tubo de tampa cinza (fluoreto de sódio): coletado por último, pois o fluoreto de sódio pode interferir em vários testes enzimáticos e químicos.

Importância da ordem correta dos tubos 

Obedecer à sequência dos tubos na coleta de sangue é importante para: 

Prevenir contaminação 

Cada tubo de coleta de sangue contém aditivos específicos com diferentes finalidades, como anticoagulação, preservação do sangue ou separação de componentes.

Quando os tubos não são utilizados na ordem correta, há um risco significativo de contaminação cruzada entre os aditivos, o que pode resultar em testes imprecisos.

Por outro lado, seguir a ordem correta da coleta assegura a precisão dos resultados laboratoriais.

Evitar recoletas 

Erros na ordem dos tubos podem levar a resultados de testes inválidos ou imprecisos, exigindo uma nova coleta de sangue.

Recoletas não são inconvenientes para o paciente, aumentam os custos operacionais e consomem mais tempo dos profissionais de saúde.

Seguir a ordem correta dos tubos minimiza esses riscos, garantindo que a amostra coletada seja adequada para todos os testes necessários desde a primeira tentativa.

Conformidade com diretrizes e padrões de qualidade

Laboratórios e instituições de saúde seguem diretrizes rigorosas estabelecidas por organizações de padronização, como a Anvisa, Ministério da Saúde e suas respectivas secretarias..

Essas diretrizes incluem a ordem correta dos tubos na coleta de sangue para assegurar consistência e qualidade nos processos laboratoriais.

A conformidade com essas diretrizes garante a precisão dos resultados, mantém a credibilidade e a reputação dos laboratórios.

Conclusão 

A coleta de sangue é um procedimento crítico que requer atenção aos detalhes para garantir a precisão dos resultados laboratoriais.

Compreender a função dos diferentes tubos de coleta, a importância da ordem correta e seguir as diretrizes estabelecidas são passos essenciais para evitar erros e garantir resultados precisos.

Além disso, adquirir tubos de ensaio de alta qualidade é fundamental para manter a integridade das amostras.

Para garantir que você tenha acesso a produtos confiáveis e de alta qualidade, recomendamos a loja online da Labor – Health Supply. Lá, você encontrará uma ampla variedade de tubos de coleta e outros suprimentos essenciais para a medicina diagnóstica. Priorize a precisão e a qualidade em cada etapa do processo de coleta para proporcionar diagnósticos e tratamentos eficazes.

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