As vacinas nos acompanham desde a infância. Mensalmente, nossos pais ou cuidadores nos levavam aos postos para receber as doses de vacinas para evitar doenças e manter a saúde.
Graças a elas, muitas doenças foram controladas e assim as crianças cresceram (e ainda crescem) de forma saudável, formando uma sociedade imunologicamente forte. É sobre esse assunto que falaremos neste artigo!
O que são doenças erradicadas
São aquelas que já possuem vacina e não geram mais um número de mortes elevadas pela doença. Uma das doenças erradicadas com a vacina é a varíola em humanos. Advinda da família do vírus Poxviridae, a doença já matou mais de 300 milhões de pessoas nos anos 80, época de maior infestação da varíola.
A erradicação da varíola se deu através de medidas, programas e ações realizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1967, mas foi só em 1971 que a erradicação do vírus foi efetivamente realizada.
Vacinas que tomamos na infância e que exigem novas doses na fase adulta
O calendário de vacinação compreende doses precisas de várias vacinas, entre elas:
- Poliomielite: chamada também de paralisia infantil, é administrada em três doses aos dois, quatro e seis meses de vida, bem como aos quinze meses e depois aos quatro anos.
- Febre amarela: é transmitida através da picada de um mosquito infectado pelo vírus. A primeira dose da vacina deve ser administrada aos nove meses e depois ser repetida a cada 10 anos.
- Tetra viral: essa vacina protege contra várias doenças, entre elas: rubéola, catapora, caxumba, varicela e sarampo. Ela deve ser aplicada aos quinze meses de vida.
- Meningocócica: trata-se da vacina contra a meningite, uma inflamação séria que ocorre nas membranas do cérebro. A primeira dose é administrada aos dois meses, a segunda aos quatro meses. O reforço da vacina é feito aos doze meses e depois aos quatro anos.
- Hepatite A: a dose é administrada aos 15 meses ou aos quatro anos de vida das crianças. A doença é transmitida através de um vírus que se encontra em alimentos e na água contaminada.
- Hepatite B: caso a pessoa não tenha se vacinado na infância, é preciso tomar a primeira dose, a segunda após um mês da aplicação da primeira e após seis meses tomar a terceira dose.
- Tríplice bacteriana (tétano, difteria e coqueluche): apesar de se tomar uma dose na infância, é necessário repetir a dose a cada dez anos.
- Gripe: a vacina para o vírus Influenza é administrada anualmente. Exceto as pessoas com histórico de alergia grave e bebês com menos de 180 dias não devem tomar.
- HPV: a vacina contra o papiloma vírus humano é disponibilizada para meninos e meninas na faixa etária de 9 a 14 anos.
Doenças que estão para ser erradicadas
Em mais de 100 anos de incentivo de campanhas de vacinação, algumas doenças estão perto de serem erradicadas também, tais como a poliomielite. O tétano neonatal também foi declarado como extinto em 2017.
O sarampo havia sido eliminado em 2016, mas em 2019 o Brasil começou a detectar um crescimento de casos da doença. Isso mostra que a imunização não deve ser algo leviano, todos temos a responsabilidade de nos imunizar e fazer o mesmo com os nossos filhos.
As vacinas são feitas a partir de anticorpos capazes de combater os vírus e agentes infecciosos. Ao aplicar esses anticorpos no corpo o organismo consegue combater a ameaça com uma resposta imunológica mais rápida.
A vacinação não impede que a doença infecte o corpo ou mesmo que manifeste a doença, mas sim, estimula o sistema imunológico a gerar anticorpos para combater a ameaça. Isso evita o índice de mortalidade alto e controla a situação.
Importância da imunização
No Brasil, o Ministério da Saúde deu início ao Programa Nacional de Imunização (PNI), sendo o pontapé inicial para conter a proliferação de doenças infecciosas e altamente transmissíveis.
Foi assim que o calendário de vacinação surgiu, o que abrange as vacinas que todo ser humano precisa tomar durante a infância e toda a sua vida na fase adulta.
A imunização é a chave para que as doenças erradicadas não voltem e que as que ainda não foram, que pelo menos não cheguem a contaminar as pessoas de forma rápida, gerando uma epidemia.
De acordo com uma pesquisa do IBOPE Inteligência (agosto de 2020), cerca de três a cada dez crianças brasileiras ainda não se imunizaram com doses importantes do calendário de vacinação, imagine o impacto disso a longo prazo?
Com isso, um número cada vez maior de crianças está sendo expostas aos vírus e bactérias, o que gera a transmissão de doenças para um número grande de pessoas. O que achou desse conteúdo? Esperamos que você tenha gostado, por isso, continue acompanhando o nosso blog para ficar por dentro de outros artigos sobre saúde.