Em janeiro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) convida todos para falar sobre a importância da Saúde Mental, campanha que leva o nome de “Janeiro Branco”. O título faz uma alusão ao início do ano, uma página em branco para escrever ou reescrever a sua própria história de vida, projetando e objetivando o bem-estar da saúde mental. Este ano a campanha traz como lema “Todo Cuidado Conta”.
Janeiro Branco gera conscientização, combate tabus, muda paradigmas, orienta os indivíduos e inspira autoridades a respeito de importantes questões relacionadas às vidas de todo mundo! (Portal Janeiro Branco)
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas, com cerca de 5,8% da população, atrás apenas dos Estados Unidos, com 5,9%. A depressão afeta 4,4% da população mundial. Já o Brasil lidera a maior prevalência de ansiedade no mundo, cerca de 9,3%. Diante deste cenário e do contexto das muitas incertezas, a conscientização, a informação e o diálogo se tornaram ainda mais necessários no que diz respeito à saúde mental.
A pandemia desencadeou o aumento dos sintomas psíquicos e transtornos mentais devido a inúmeras mudanças no âmbito social, entre elas: isolamento social, trabalho home office, experiências traumáticas relacionadas à infecção ou à morte de pessoas próximas, distanciamento das relações efetivas e preocupação elevada com a saúde, por causa da contaminação com o vírus. Mas vale destacar que o impacto na saúde mental das pessoas está relacionado à pandemia e ao nível de vulnerabilidade em que elas se encontram. Um cenário que traz um mix de reações e sentimentos, psicólogos afirmam que há reações comuns, como: a solidão, a sensação de impotência, a angústia, o desamparo, entre outros, que podem provocar crises de ansiedade, picos de estresse e ataques de pânico, sintomas que podem, consequentemente, afetar o sistema imunológico. É muito importante ter acompanhamento médico para a indicação do tratamento mais adequado.
A pandemia trouxe uma situação de estresse que pode funcionar como gatilho, mesmo para uma pessoa que nunca teve transtorno mental. O isolamento social, por um período longo e indeterminado é um grande fator de estresse. O convívio intenso com os familiares em casa, pode gerar desentendimentos. Entretanto, como está a saúde mental dos profissionais de saúde? A síndrome do esgotamento (ocorrência mais comum entre os profissionais, cerca de 70%), a ansiedade (forma de manifestar o estresse agudo, cerca de 25%) e a depressão (afeta cerca de 20% dos profissionais) são as principais condições que acometem os profissionais. Enquanto a população foi orientada a ficar em casa, os profissionais de saúde foram no sentido oposto, e entraram na linha de frente contra a COVID-19. Estes profissionais foram submetidos a uma longa lista de fatores estressantes, desde o início da pandemia:
- Taxas aceleradas de contágio;
- Falta de conhecimento sobre uma doença nova;
- Morte de colegas de profissão;
- Estresse causado pela falta de equipamentos de proteção individual (EPI);
- Mudanças constantes nas recomendações de enfrentamento da pandemia;
- Mudanças na rotina profissional e na vida familiar;
- Preocupações acerca da própria saúde;
- Medo de infectar familiares e amigos;
- Carga de trabalho excessiva por um tempo prolongado.
Diante dessa circunstância de estresse elevado, deve-se preparar a mente para lidar com todas essas mudanças. Há algumas estratégias que auxiliam a manter a mente em dia, como a prática de exercício físico, a não dormir durante o dia, a diminuição de tempo de exposição à mídia, aumentar o nível de confiança nos outros e hábitos alimentares mais saudáveis, podem ser suficientes para atenuar sintomas leves. Pode citar-se também fatores organizacionais sensíveis a questões de saúde mental, fator importante para reduzir a síndrome do esgotamento emocional. Em crise, estratégias voltadas para o fornecimento de primeiros cuidados psicológicos estão entre as principais ações a serem realizadas.
Hoje, a sociedade se prepara para viver o “novo normal”, uma mudança temporária ou algo permanente, ou seja, uma necessária mudança de hábitos, atitudes e visão de vida até a aplicação da vacina acontecer em toda a população. Os profissionais de saúde estão lutando para trazer vida a todos, e a sociedade precisa cumprir seus deveres para tentar proteger a todos que se quer bem. Os cuidados continuam. O uso de máscara, álcool gel, higienização das mãos e ficar em casa são atos de amor ao próximo, além da conscientização de que “Todo cuidado conta”. A saúde mental dos profissionais de saúde vem de uma ação coletiva de toda a população. Cuide de você, cuide de quem é importante no processo de cuidar.
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Fonte:
https://www.pfizer.com.br/sites/default/files/inline-files/Guia-de-Saude-Menta-%20pos-pandemia-Pfizer-Upjohn.pdf
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-01/janeiro-branco-alerta-para-importancia-de-cuidados-com-saude-mental
https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/a-epidemia-oculta-saude-mental-na-era-da-covid-19/
https://www.sanarmed.com/saude-mental-em-tempos-de-coronavirus
https://janeirobranom.br/co.c